O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, admitiu que não houve consenso numa reunião ocorrida nesta segunda-feira (29/6) para tratar do retorno dos alunos da rede privada. Esse debate será reiniciado num novo encontro com representantes dos sindicatos dos professores e da classe patronal, marcado para quinta-feira, dia 2 de julho. A perspectiva inicial era de que as aulas das escolas privadas recomeçassem em 15 de julho, de maneira voluntária, a partir de pais que decidissem enviar seus filhos e de professores que quisessem retornar. Essa proposta não teve acordo.
- O sindicato dos professores tem preocupação de que o profissional acabe sendo obrigado pelo patrão a ir, mesmo que o retorno seja voluntário. O ideal é o consenso, que todos entendam que, a partir do dia 15, o professor que não tenha risco de saúde e se sinta apto a voltar, volte. E que se respeite aquele que diga que prefere esperar, que se respeite a opinião dele sem constrangimento, ameaça ou chantagem. É importante a gente tomar uma decisão em conjunto. Donos de escolas disseram que vão trazer lista de assinatura de professores que querem voltar. Mas, veja: não é voltar todo mundo junto, e, sim, com uma série de regras de ouro. Com rodízio de alunos e professores e limite de pessoas em sala. Queremos que essa volta seja gradativa, aos poucos - explicou Crivella.
Teste de Covid-19 nas seis mil merendeiras das escolas municipais para merenda voltar antes mesmo das aulas
Crivella admitiu também que não há prazo para a volta às aulas nas escolas da rede pública municipal. Ele informou disse também que pretende abrir as escolas públicas para oferecer café da manhã e almoço às crianças, mesmo antes da reabertura das aulas. Para isso, pretende que sejam feitos testes de covid-19 em todas as seis mil merendeiras da rede municipal. A ideia é descobrir se será possível retomar as atividades nas cozinhas das escolas.
- Quem sabe, se elas estiverem imunizadas, a gente poderá voltar com as cozinhas, o que seria muito bom para as crianças virem para a escola tomar café e almoçar. Sem aglomeração, com horários escalonados - explicou.