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Racismo no shopping

Jovem agredido na Ilha é defendido pela mãe: 'precisa estar com alguém branco'?

'Posso ir ao shopping, mexer nas roupas, comprar o que quiser e provar as coisas de graça', disse ela


Alice Fernandes Biondi defendeu hoje o filho Matheus Fernandes, vítima de racismo em loja no Rio de Janeiro, e perguntou se o jovem sempre precisará estar com alguém branco ou com sua mãe para poder ir ao shopping.

"Eu posso ir ao shopping. Posso mexer em todas as roupas. Posso comprar o que quiser. Posso inclusive provar as coisas de graça", analisou, em entrevista ao Jornal Nacional.

"Agora, se ele está sozinho não pode fazer nada disso. Foi o que aconteceu. Ele sozinho não pode comprar um relógio. Será que ele sempre precisa estar com a mãe do lado, com alguém do lado, alguém branco?", questionou.

O caso foi registrado por clientes do shopping Ilha Plaza, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, que mostram o entregador de 18 anos sendo agredido e ameaçado por dois homens não identificados.

O primo de Matheus se manifestou no Twitter:


Entenda o caso

O rapaz queria trocar um relógio, no valor de R$ 300, de presente para o pai dele numa loja do estabelecimento. Para a família do jovem, trata-se de um caso de racismo.

No vídeo, é possível ver Matheus no chão de uma escadaria do shopping, imobilizado e encurralado por um homem de máscara e camisa vermelha e outro vestindo camisa preta.

Segundo o jovem, ambos o acusaram de ter roubado o relógio assim que ele deixou a loja e até apontaram uma arma para seu rosto.

"Eu chorei muito. A gente tem que levar no sorriso. Acontece, mas não era pra acontecer", disse Matheus.

Conforme relatou Matheus, ele teria sido confundido com um ladrão dentro do shopping e foi agredido e imobilizado por dois homens, que se identificaram como policiais militares.

O vídeo do episódio circula na internet. Nas imagens, um homem de camisa vermelha aparece imobilizando o jovem, que está no chão. Outro homem de camisa preta acompanha a ocorrência. O jovem afirmou ter sido ameaçado com uma arma. Pessoas ao redor protestam contra os agressores. Em seguida, um segurança do shopping chega ao local, mas não acode a vítima.


Reprodução YouTube Rede TV!

O que disse a Renner

Nas redes sociais, as lojas Renner afirmaram que os agressores não integram o quadro de colaboradores ou de prestadores de serviço da empresa. A nota também diz que “violência é crime” e diz que a companhia está à disposição da família. Além disso, declararam que estão tomando medidas “para esclarecer o caso, bem como apoiar o Matheus nesse sentido”.

O que disse o Ilha Plaza Shopping

Em nota, a Ilha Plaza Shopping disse que os agressores não são funcionários da empresa e manifestou solidariedade ao cliente. Confira, a seguir, a nota na íntegra do shopping carioca.

“O Ilha Plaza Shopping repudia qualquer tipo de violência ou discriminação, lamenta profundamente o ocorrido na noite de ontem e se solidariza com o cliente Matheus Fernandes. Neste momento, está adotando todas as medidas necessárias para colaborar com as autoridades.

O Ilha Plaza Shopping é um estabelecimento familiar conhecido por ser um ambiente pacífico, democrático e seguro. Nenhum tipo de violência ou ato de racismo e preconceito são tolerados dentro de nossas dependências.

O Ilha Plaza ratifica que os agressores não são funcionários do shopping. O vigilante do Ilha Plaza (que aparece uniformizado no vídeo) atuou de forma a contornar pacificamente a situação a fim de preservar não apenas o cliente, como também todas as pessoas que lá se encontravam.

O shopping ainda não teve acesso às investigações da Polícia Civil.”



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