A família do comerciante Manuel José Marques de Sousa, o Manuelzinho, proprietário do antigo Petisco da Vila, em Vila Isabel, um dos donos de restaurantes mais queridos do Rio, que morreu na última quarta-feira (12) aos 74 anos, lembrou da maneira humana e especial de tratar os fregueses que o empresário estabeleceu como marca
Manuelzinho era também proprietário do Restaurante da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão; do Petisco da Vila do Shopping Nova America, em Del Castilho; e do Baião de Dois do Centro de Cultura Nordestina Luiz Gonzaga, também do bairro de São Cristóvão.
O velório do comerciante será amanhã (16), às 10h, no crematório de São Francisco Xavier, no Caju.
Leia a nota de despedida da família de Manuelzinho
"A família do eterno Manuelzinho agradece a todos pelas mensagens de carinho e orações em virtude da tragédia que se abateu sobre nós nesta quarta-feira, dia 12 de agosto. Querido e amado por todos os familiares, Manuelzinho só fez amigos por onde passou, muitos deles clientes de seus estabelecimentos, encantados pela maneira humana e especial de tratar os fregueses que o empresário estabeleceu como marca.
Manuel nunca cultivou inimizades e tampouco passava por problemas de ordem econômica, seja na vida pessoal, seja em todos os seus empreendimentos, que continuarão operando normalmente. A depressão, uma doença silenciosa que infelizmente se tornou comum, acabou vencendo o nosso querido, apesar de todo o apoio e luta da família junto com ele para superar esse mal.
O legado de Manuelzinho jamais será esquecido e continuará sendo tocado pela família - Teresa, Amadeu, Manuela e Leonardo - com toda estabilidade e know how de mais de 55 anos de trabalho nesse mercado e que fez investimentos em reformas durante a pandemia para melhor atender na reabertura. Aos 74 anos, a maioria deles vividos nesta cidade que ele aprendeu a amar como se aqui nascido fosse, Manuelzinho juntou o azul e o branco do Rio e da sua escola de coração, a Unidos de Vila Isabel, ao verde e vermelho da bandeira portuguesa como poucos. Uma união traduzida em chope gelado, petiscos (da Vila, é claro), samba e amizade.
É assim que ele será lembrado por nós. Como ensinou o compadre Martinho (da Vila, evidentemente), "canta, canta minha gente, deixa a tristeza pra lá. Canta forte, canta alto, que a vida vai melhorar'".