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Família de Manuelzinho do Petisco da Vila lembra de sua maneira especial ao tratar fregueses

Comerciante só fez amigos por onde passou, muitos deles clientes de seus estabelecimentos

Por Portal Eu, Rio! em 15/08/2020 às 12:14:20

Manuelzinho e a presidente da Associação Atlética Vila Isabel, Yolanda Braconnot, após ele receber o título de Benemérito do clube. Foto: Divulgação

A família do comerciante Manuel José Marques de Sousa, o Manuelzinho, proprietário do antigo Petisco da Vila, em Vila Isabel, um dos donos de restaurantes mais queridos do Rio, que morreu na última quarta-feira (12) aos 74 anos, lembrou da maneira humana e especial de tratar os fregueses que o empresário estabeleceu como marca

Manuelzinho era também proprietário do Restaurante da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão; do Petisco da Vila do Shopping Nova America, em Del Castilho; e do Baião de Dois do Centro de Cultura Nordestina Luiz Gonzaga, também do bairro de São Cristóvão.

O velório do comerciante será amanhã (16), às 10h, no crematório de São Francisco Xavier, no Caju.

Leia a nota de despedida da família de Manuelzinho

"A família do eterno Manuelzinho agradece a todos pelas mensagens de carinho e orações em virtude da tragédia que se abateu sobre nós nesta quarta-feira, dia 12 de agosto. Querido e amado por todos os familiares, Manuelzinho só fez amigos por onde passou, muitos deles clientes de seus estabelecimentos, encantados pela maneira humana e especial de tratar os fregueses que o empresário estabeleceu como marca.

Manuel nunca cultivou inimizades e tampouco passava por problemas de ordem econômica, seja na vida pessoal, seja em todos os seus empreendimentos, que continuarão operando normalmente. A depressão, uma doença silenciosa que infelizmente se tornou comum, acabou vencendo o nosso querido, apesar de todo o apoio e luta da família junto com ele para superar esse mal.

O legado de Manuelzinho jamais será esquecido e continuará sendo tocado pela família - Teresa, Amadeu, Manuela e Leonardo - com toda estabilidade e know how de mais de 55 anos de trabalho nesse mercado e que fez investimentos em reformas durante a pandemia para melhor atender na reabertura. Aos 74 anos, a maioria deles vividos nesta cidade que ele aprendeu a amar como se aqui nascido fosse, Manuelzinho juntou o azul e o branco do Rio e da sua escola de coração, a Unidos de Vila Isabel, ao verde e vermelho da bandeira portuguesa como poucos. Uma união traduzida em chope gelado, petiscos (da Vila, é claro), samba e amizade.

É assim que ele será lembrado por nós. Como ensinou o compadre Martinho (da Vila, evidentemente), "canta, canta minha gente, deixa a tristeza pra lá. Canta forte, canta alto, que a vida vai melhorar'".

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