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Civil prende três, sendo dois em flagrante, em ação contra a milícia

Operação Brutus cumpre 46 mandados contra traficantes, milicianos, guardas municipais e servidores da Prefeitura

Por Portal Eu, Rio! em 06/10/2020 às 21:13:07

Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial cumpriu um dos cinco mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio, e prendeu duas pessoas em flagrante na Operação Brutus Foto Asco

Dois criminosos foram presos em flagrante e um mandado de prisão foi cumprido pela Operação Brutus, dos cinco expedidos pela Justiça. O balanço da operação incluiu a apreensão de 12 toneladas de material pirata, armas e munições. Foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que ameaçava, coagia e extorquia ambulantes e comerciantes em Madureira, na Zona Norte.

Coordenada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), na manhã de terça-feira (6/10), a "Operação Brutus" executou mandados na sede da Guarda Municipal em Madureira, na Secretaria Municipal de Fazenda, no gabinete da vereadora Vera Lins, do Partido Progressista (PP) e no campo do Falcon, em Oswaldo Cruz. Apontado como a sede informal do grupo paramilitar que está sendo investigado, o campo pertencia ao tenente Marcos Paulo, o Falcon, presidente da Portela assassinado ano passado.

Investigação revela taxas de proteção de R$ 90 mil por semana e presença em nove homicídios em dois anos

Durante a operação também foram recolhidas 20 fardas militares, carregadores de pistola e fuzil, oito rádios comunicadores e 13 coletes balísticos. A quadrilha é composta por milicianos, traficantes e funcionários públicos municipais. As investigações apontam que os criminosos são suspeitos de movimentar de R$ 60 mil a R$ 90 mil por semana com cobranças irregulares, além de envolvimento em homicídios.

Os agentes da delegacia especializada informaram que, nos últimos dois anos, nove pessoas foram mortas porque não pagaram a propina exigida ou por briga entre facções rivais. Além disso, o bando está sendo investigado por formação de quadrilha, organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

A defesa da vereadora Vera Lins divulgou nota manifestando estranheza com os mandados de busca e apreensão no gabinete e argumentando que o servidor da Guarda Municipal investigado na Operação Brutus deixou de ser cedido ao mandato há dois anos. Abaixo, a íntegra da nota divulgada pelo escritório de advocacia que representa a vereadora em juízo:

"Na manhã desta terça-feira (06/10/20), fomos surpreendidos com um mandado de busca e apreensão, no gabinete da Vereadora, cumprido pela polícia civil, relativo a uma investigação da qual a mesma sequer é investigada.

Trata-se da apuração da suposta atividade de milicianos, a qual envolve o nome de um servidor concursado e de carreira da prefeitura, que já esteve lotado no gabinete da Vereadora, mas que já foi devolvido ao seu órgão de origem há quase dois anos, o que se comprova por ofício.

Causa muita estranheza essa busca, no gabinete da Vereadora, que sequer é investigada, não tendo, portanto, qualquer relação com a apuração policial, justamente dentro do período de campanha eleitoral.

Ao nosso sentir, trata-se de mais uma tentativa de interferência no processo eleitoral, especialmente por ser a Vereadora Vera Lins líder absoluta nas campanhas do Rio de Janeiro.

A assessoria jurídica da Vereadora está tomando todas as providências para apurar esse abuso perpetrado, sem justificativa, em plena campanha eleitoral.

James Walker Jr

Advogado da Vereadora Vera Lins"

Fonte: Com Secretaria da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

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