A Polícia Civil indiciou 10 pessoas por homicídio culposo — quando não há a intenção de matar — por envolvimento no inquérito que investigava a morte da estudante Maria Fernanda Ferreira de Lima, de 20 anos, após a menina ter sido eletrocutada durante evento no Terreirão do Samba, no centro do Rio de Janeiro.
A jovem estava com alguns amigos quando encostou em uma barra de metal energizada e recebeu a descarga elétrica. O caso aconteceu em abril de 2019.
Ao UOL, o delegado responsável pelas investigações da morte da estudante, Túlio Pelosi, disse que o caso foi "remetido ao Promotor e à Justiça" e que "o inquérito possui mais de seis laudos técnicos e quase 30 pessoas [peritos e testemunhas] ouvidas".
De acordo com a Polícia Civil, como resultado de 19 meses de investigação, foram responsabilizados pelo crime: dois sócios da empresa que organizou o evento, quatro parceiros comerciais, um funcionário da Prefeitura do Rio, o proprietário de uma empresa que instalou placas de metal no local, um homem contratado por esta empresa para a instalação e um brigadista.
Relembre o caso
A morte de Maria Fernanda aconteceu na madrugada do dia 14 de abril de 2019, por volta das 4h. No local, aconteciam apresentações de DJs de funk. A estudante estava acompanhada de alguns amigos. Em um determinado momento, a jovem encostou em uma barra de metal energizada e levou o choque.
Maria Fernanda chegou a ser socorrida por equipes médicas que estavam de plantão no evento para o Hospital Municipal Souza Aguiar, que fica próximo ao Terreirão, mas não resistiu e morreu na unidade de saúde após sofrer quatro paradas cardíacas. Estudante do 1º período de Odontologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA), a jovem era a caçula de uma família com quatro irmãs.
O evento foi organizado pela Puff Puff Bass e realizado com autorização da Secretaria Municipal de Cultura. Na época, a empresa lamentou a morte da jovem.