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Um bandido morto e 17 presos na Operação Lix contra o tráfico de Duque de Caxias

Objetivo foi prender integrantes de organização criminosa que atua nas comunidades do Lixão e Vila Ideal

Por Portal Eu, Rio! em 18/12/2020 às 16:33:45

Preso na comunidade do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em ação contra quadrilha de criminosos. Foto: Reprodução/ TV Globo

Policiais civis da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), com apoio de outras delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), realizaram nesta sexta-feira (18) a Operação Lix. O objetivo foi prender integrantes de uma organização criminosa que atua em comunidades do município de Duque de Caxias, em especial nas Comunidades do Lixão e Vila Ideal. Ao todo, 17 criminosos foram presos e um morreu.

Segundo investigação da DCOD, esta organização, além de explorar o comércio ilícito de drogas, também atuava na prática do crime de roubo de cargas e de roubos em geral, associando-se a criminosos especializados na prática de tais delitos, os quais recebiam armamentos e eram autorizados a fazerem o transbordo das mercadorias roubadas no interior dessas comunidades, em troca de um percentual sobre o produto do crime.

Os traficantes invadiram escolas e até creches — sem aulas em razão da pandemia da Covid-19 — e transformaram as instituições de ensino em pontos de venda de drogas.

"A partir das nossas investigações descobrimos que eles traficavam próximo a estas instituições e também dentro de uma creche nesse complexo de favelas. O grupo criminoso tinha uma associação com quadrilhas especializadas em roubos de cargas e coletivos, onde eles emprestavam armas e davam refúgio nessas comunidades", disse o delegado Gustavo Castro.

Os traficantes buscavam aumentar os lucros das atividades criminosas associando-se a bandidos especializados em roubo de cargas, oferecendo armamentos e autorizando a retirada do fruto dos roubos no interior destas comunidades, em troca de uma porcentagem dos produtos do crime.

Segundo as investigações, a liderança da organização criminosa era de Charles Silva Batista, conhecido como Coroa, Charles do Lixão e Charles da Vila Ideal. Ele atualmente está preso na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1. Os policiais verificaram que ele segue comandando o grupo de dentro da cadeia.


Charles do Lixão. Foto: Divulgação Polícia Civil

Charles seria responsável por nomear os gerentes gerais do tráfico nas comunidades após a morte do filho, Charles Jackson Neres Batista, conhecido como Charlinho, em um confronto em março de 2019.

As investigações identificaram membros de toda a cadeia criminosa da quadrilha, que inclusive contava com traficantes que passavam despercebidos pelos policiais até então, pois não possuíam atuações criminais e, assim, conseguiam se deslocar sem serem incomodados.

As investigações mostraram que o grupo também expulsava famílias e pretendia construir moradias para serem comercializadas em uma área das comunidades, em ação considerada típica de milícia pelos policiais.

Os indiciados responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, roubo majorado, porte ilegal de armas, entre outros crimes, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

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