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Base no choro

Músicos se reúnem para gravar CD e valorizar música instrumental

Grupo Octeto Instrumental Brasileiro é formado por músicos experientes


O “Grupo Octeto Instrumental Brasileiro” é formado por músicos experientes, reunidos especialmente para gravar um CD de ritmos variados, tendo como base o Choro, um dos ritmos mais genuínos da Música Popular Brasileira (MPB) e que tem sua origem no Rio de Janeiro.

O Octeto busca, neste projeto, compilar de maneira harmoniosa musicalidade, tradição e inovação, agregando diferentes vertentes do cancioneiro brasileiro, com objetivo de valorizar a música instrumental e seus artistas.

O Choro tradicionalmente tem como base de acompanhamento o violão, o cavaquinho e o pandeiro, mas neste projeto ganha uma nova roupagem pelas mãos do Octeto, com acompanhamentos refinados de outros instrumentos, tais como piano, violão de 7 cordas, contrabaixo acústico e percussões. Já os solos ficam por conta de um quarteto de sopros, composto por flauta transversal, clarineta, trompete e trombone.


Foto: Divulgação

O diretor do CD é Valmyr de Oliveira, músico de palco, que foi coordenador acadêmico e ex-professor do Conservatório Brasileiro de Música por quase 30 anos. Com Mestrado e Pós-graduação em educação musical, além de dois discos em carreira solo, com composições próprias, Valmyr é o profissional ideal para estar à frente de um projeto tão especial, composto de enorme sensibilidade artística.

- É uma felicidade poder participar desse trabalho. A ideia é valorizar a música instrumental tendo o choro como ponto de partida e descobrir o universo de antigos e novos compositores. Estamos promovendo uma integração de compositores cariocas com de outros estados que beberam na fonte do choro - explicou o diretor, que de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 se dedicou as etapas de pré-produção, gravação e pós-produção.

Embora já more na cidade do Rio de Janeiro há quase 30 anos, Valmyr nasceu em Minas Gerais, na cidade de Buenópolis. Ainda criança, se mudou para Montes Claros. Foi lá, na terra de Beto Guedes e Darcy Ribeiro, que passou maior parte da adolescência e começou a carreira como músico.

- A ideia é que não tenhamos nesse CD este ou aquele instrumento como protagonista, mas sim todos os instrumentos, sem distinção - considera Valmyr.

A proposta original previa, além da produção do CD, concertos na cidade do Rio de Janeiro, na Sala Baden Powell, no Memorial Getúlio Vargas no Teatro Municipal Ziembinski. Entretanto, em razão da pandemia, as apresentações foram canceladas, dando lugar a uma live, que deve acontecer em fevereiro ou março.

O projeto recebeu incentivos fiscais, tendo sido aprovado na Lei de Incentivo à Cultura do Município do Rio de Janeiro (WEC 236/01/2018).

- Quando o diretor Valmyr de Oliveira me convidou para fazer este trabalho, não tive dúvidas em dizer sim. Além de reverenciar os músicos e compositores da velha guarda, o CD não é um simples produto cultural, mas algo da mais alta qualidade musical, que servirá como instrumento para amantes e estudantes de música brasileira - explicou Cris Pimentel, produtora responsável.

REPERTÓRIO

A ideia é apresentar um rico repertório, construído em torno de clássicos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Tom Jobim, K-Ximbinho e Benedito Lacerda, entre outros grandes compositores da Música Popular Brasileira.

Noites Carioca – Jacob do Bandolim

Flôr de Maio – Valmyr de Oliveira

As Proezas de Sólon – Pixinguinha/Benedito Lacerda

Desafinado – Tom Jobim/Newton Mendonça

Dinorah – Benedito Lacerda

Dengo – Valmyr de Oliveira

Segura Ele - Pixinguinha/Benedito Lacerda

Ternura – K-Ximbinho

Vou Vivendo – Pixinguinha

André de Sapato Novo – André Vitor Corrêa

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