A taxa de ocupação de UTIs na rede SUS para pacientes com Covid-19 no Rio de Janeiro atingiu a marca de 93%. Com isso, a Secretaria Municipal de Saúde está tentando minorar a situação crítica. Na última segunda-feira (8), inaugurou um novo posto de vacinação, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. A Casa Firjan, que funciona como um ambiente de inovação, empreendedorismo, educação e reflexão, passa, a partir de agora, a fazer parte dos mais de 200 endereços destinados à vacinação da população do município do Rio de Janeiro, como a Uerj, no Maracanã, o Planetário da Gávea e o Museu da República, no Catete.
Casa Firjan. Foto: Divulgação
De acordo com as autoridades municipais, o número de leitos está sendo superior à demanda por vagas na rede SUS. Os dados são referentes às unidades municipais, estaduais e federais localizadas na cidade.
Segundo o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, os motivos para o aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI na cidade são por conta do bloqueio realizado pela Fiocruz, de 18 leitos destinados a pacientes da cidade de Manaus (Amazonas). A manutenção de pacientes nas UTIs, que já poderiam voltar para a enfermaria, também impactou o atendimento, segundo Soranz.
De acordo com o Secretário, sete leitos no Hospital Souza Aguiar estão em vias de ser abertos. O Instituto de Infectologia da Fiocruz também estará liberando, durante a semana, mais leitos. O secretário afirmou também que dez leitos de enfermaria foram convertidos em leitos de CTI no Hospital Ronaldo Gazolla. As redes federal e estadual também prometeram liberar mais leitos. O objetivo é manter a fila zerada de pacientes que precisam de leitos.
Sobre as medidas restritivas, Soranz afirmou que vai depender do comportamento de três taxas durante a semana:
- A taxa de síndromes respiratórias recebidas nas UPAs;
- A solicitação da Central de Regulação; e
- Número de óbitos por Covid-19 no Estado do Rio
"O objetivo principal no momento é zerar a fila de pessoas precisando de leitos", disse, lembrando que, se as medidas de restrição não forem respeitadas pela população, haverá, consequentemente, um aumento nos casos.