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Cachorro melhora de doença renal com tratamento de ozonioterapia

Toby, um cãozinho cego de 12 anos, teve insuficiência renal crônica

Por Portal Eu, Rio! em 03/04/2021 às 07:00:00

Tobby. Foto: Divulgação

Para Toby, um cãozinho cego de 12 anos, a idade trouxe uma surpresa ingrata: insuficiência renal crônica, que pode atingir cães de todas as idades e raças, porém é mais comum em cães idosos, com sintomas como perda do apetite, emagrecimento, vômitos, diarreias e apatia.

Mas a melhora de Toby foi tão significativa com a adesão ao tratamento integrativo (que une terapias convencionais com as complementares), que ele pode ser um belo “garoto-propaganda” na prevenção e tratamento de doenças renais.

Estima-se que um em cada dez cães terão algum problema renal ao longo da vida. Nos gatos, a estimativa é de um a cada três felinos.

Tratar doença renal não é fácil. No caso de Toby, foram muitas as idas e vindas a laboratórios para bateria de exames, internações e, claro, desgaste físico e emocional tanto de Toby quanto de sua tutora, Simone Souza.

No entanto, um progresso tem sido conseguido com a ajuda da ozonioterapia – uma técnica que cada vez mais anima os veterinários no tratamento de várias doenças.

“Toby faz acompanhamento com uma nefrologista, mas começou a não responder satisfatoriamente com tratamentos convencionais. Então sua tutora, ao ouvir falar de Medicina Veterinária Integrativa, nos procurou a fim de experimentar um tratamento que unisse alopatia com terapias complementares”, conta a veterinária Viviane Reis, da Clínica Integrativa Pet, de São Paulo.

A situação de Toby é delicada porque ele se encontra no estágio 4 da doença, que é justamente o mais grave. Ele respondeu bem no início do tratamento integrativo, fazendo uso de homeopatia e fitoterapia chinesa, mas depois de um tempo começou a declinar novamente.

“Foi então que iniciamos a ozonioterapia retal e soro ozonizado, mantendo em paralelo as outras duas terapias. Também mudamos a dieta para Alimentação Natural (AN)”, comenta a veterinária.

Desde então, Toby tem demonstrado melhora em vários aspetos, ficou mais ativo e ganhou 250 gramas. À primeira vista pode até parecer pouco, mas na verdade é uma vitória, pois, o cãozinho que pesava 28 quilos em outubro de 2019, quando surgiram os primeiros sintomas da doença, caiu para menos da metade do peso original em pouco mais de um ano.

Ao longo de 2020, Toby enfrentou todo tipo de intervenção veterinária, dezenas de exames (de sangue e imagem) e tomou muitos remédios para a estabilização de seu quadro. Chegou a ficar internado por conta da queda de potássio no organismo. Mas não apresentava melhoras significativas.

Em 21 de janeiro, ele começou o tratamento simultâneo de homeopatia e fitoterapia na Clínica Integrativa Pet. Ambas as terapias têm a vantagem de serem muito fáceis de se administrar porque são em gotas ou glóbulos que podem ser misturados na água ou alimento dos animais sem que os mesmos percebam. O tratamento de Toby incluiu também uma cápsula fitoterápica diária.

Um mês depois, em 22 de fevereiro, depois de uma breve melhora do aspecto clínico geral, Toby estava novamente abatido, sem apetite, com diarreia, vômitos e recusando até mesmo água ou qualquer outro líquido.

Foram então iniciadas as sessões semanais de ozonioterapia e inserida a alimentação natural no tratamento, mantendo a homeopatia e a fitoterapia.

A partir disso observou-se aumento gradual de peso: na sessão de ozônio do dia 6 de março Toby pesava 11 quilos e 200 gramas. Na sessão de uma semana depois, em 11 de março, ele estava com 11 quilos e 450 gramas.

E houve outras melhoras como a tutora relata:

“Melhorou o quadro da diarreia e também a respiração que antes estava acelerada e sofrível. Ele fica a maior parte do tempo deitado. Porém, agora com pescoço erguido, está atento aos movimentos da casa. Tem se arriscado em subir no sofá sozinho sem ajuda. Está visivelmente com imagem mais viva e menos mortificada. Balança a cauda quando o chamamos, mesmo deitado. Teve diminuição acentuada dos tremores corporais”.

Toby é cego desde os quatro anos de idade devido a um glaucoma, o que já limita um pouco seus movimentos, mas até nas caminhadas na rua e dentro de casa, Simone sentiu progresso com o novo tratamento:

“Retornou com o comportamento de perambular pela casa atrás de mim. Nos passeios pela manhã e à noite na rua, quando o clima está mais ameno, tem buscado aumentar a distância, com intervalos de passos acelerados (trotes)”.


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