Há menos de duas semanas das eleições, a ONG Ranking dos Políticos, que fiscaliza a atuação dos parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, fez e divulgou levantamento informando que a bancada fluminense, formada por 46 deputados e três senadores, faltou a 1.674 sessões plenárias no Congresso Nacional entre os anos de 2015 e 2018, ou seja, na atual legislatura. Do total de faltas, 624 não foram nunca justificadas.
O recordista das ausências é o deputado Ezequiel Teixeira (Podemos), que faltou a 111 sessões, sendo 45 não justificadas, das 389 na Câmara dos Deputados, no decorrer do seu mandato. Teixeira é pastor evangélico e defensor da família tradicional brasileira. Além dele, o deputado Sérgio Zveiter (DEM), 1º suplente ao Senado na chapa do vereador carioca César Maia (DEM), faltou 87 sessões, das 44 sem justificativa, durante as 303 sessões realizadas ao longo de seu mandato. Proporcionalmente, segundo a ONG, o campeão das ausências.
Atrás dele vem o deputado federal Marco Antônio Cabral (MDB), filho do ex-governador Sérgio Cabral Filho, preso há dois anos, condenado por corrupção e formação de quadrilha. Ele faltou a 47 das 202 sessões, sendo que 31 das faltas não foram justificadas. Nenhum dos parlamentares se pronunciou sobre as ausências.
Por outro lado, os deputados federais Sóstenes Cavalcante (DEM) e Leonardo Picciani (MDB) – este enquanto exerceu o mandato -, foram a todas as sessões. Outro também assíduo foi Alessandro Molon (PSB), que das 395 sessões, faltou apenas duas, ambas justificadas.
A ONG divulgou ainda um ranking sobre a atuação parlamentar de cada deputado. O estado do Rio conta com apenas um entre os 100 melhores do país. É Otávio Leite (PSDB), que ocupa a 20ª colocação. Entre os itens, presença, privilégios (uso da verba de gabinete acima da média dos demais parlamentares), qualidade legislativa (como votou), formação acadêmica, tempo de permanência em um mesmo partido e nenhum processo judicial. Em segundo no estado vem Sóstenes Cavalcante, em 111º lugar na classificação geral do país. Ao todo, 17 congressistas fluminenses aparecem entre a 101ª e a 300ª colocação e os 31 restantes, entre 301ª e a 594ª.
O pior no ranking no estado é o deputado federal Celso Jacob (MDB), justamente também o pior do país, na 594ª posição. Das 366 sessões, faltou a 69 e em 59 não justificou. Além disso, ele responde a 21 processos judiciais, sendo seis deles já com condenação final ou parcial. Também não se pronunciou sobre a questão.
Para saber mais sobre o ranking, acesse http://www.politicos.org.br/