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O individual geral da ginástica artística no feminino tinha tudo para ser uma das provas mais previsíveis dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, com amplo favoritismo de Simone Biles (USA). No entanto, em uma inesperada reviravolta, a ginasta americana se retirou da competição devido a problemas de saúde mental.
Após uma rodada de classificação aquém dos seus excepcionais padrões, Biles começou a final por equipes com um erro no salto e desistiu da prova. Após uma avaliação médica, a conclusão foi que ela também não tinha condições mentais para o individual geral. Ainda está incerto se ela participará das finais por aparelhos.
"Nós apoiamos completamente a decisão de Simone e aplaudimos sua coragem de priorizar o seu bem-estar. Sua coragem mostra, novamente, por que ela é um modelo para tantos."
- Comunicado da USA Gymnastics
A 'favoritaça' infelizmente está fora, e a final que era totalmente previsível agora ficou completamente aberta.
Rebeca Andrade entre as favoritas
Com Biles fora, Rebeca Andrade se torna a ginasta que avança para a final com a melhor pontuação. A brasileira empolgou na classificatória com a apresentação do "Baile de Favela" e se garantiu em três finais (geral, solo e salto). Com notas de partida altas no salto e no solo, a ginasta de Guarulhos (SP) ainda pode somar mais do que na classificatória nas barras assimétricas.
Se Andrade subir ao pódio, será a primeira medalha Olímpica do Brasil na ginástica feminina. A modalidade já deu quatro pódios ao país, mas todos no masculino. Arthur Zanetti foi ouro (Londres 2012) e prata (Rio 2016) nas argolas, e Diego Hypolito e Arthur Nory levaram prata e bronze no solo há cinco anos.
Os melhores resultados das ginastas brasileiras em Jogos Olímpicos foram os quintos lugares de Daiane dos Santos no solo em Atenas 2004 e de Flavia Saraiva na trave na Rio 2016.
Fonte: COI