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Juntas Contra o Feminicídio

Rio, Niterói e Maricá unem-se contra feminicídio

Neste sábado, cidades iluminarão pontos importantes em roxo


A proposta é mostrar que as mulheres não estão sozinhas e que podem pedir ajuda, mesmo quando ainda não se sentem preparadas para denunciar o caso. Foto: Agência Brasil

As cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Maricá unem-se, a partir deste final de semana, na Campanha Juntas Contra o Feminicídio, que prevê ações planejadas como a iluminação de pontos importantes em roxo e a fixação de cartazes e distribuição de panfletos com os canais de atendimento às mulheres em situação de violência nos transportes públicos. De acordo com as prefeituras, a proposta é mostrar que as mulheres não estão sozinhas e que podem pedir ajuda, mesmo quando ainda não se sentem preparadas para denunciar o caso.

Na capital, serão iluminados pontos como o Cristo Redentor; a Igreja da Penha; o Maracanã; o Estádio São Januário; a Igreja Nossa Senhora da Penna; os Arcos da Lapa; a Câmara de Vereadores; o Museu do Amanhã; o hotel Copacabana Palace; o chafariz da Estrada do Galeão; o telão da Cidade das Artes; e o prédio da prefeitura; em Niterói, o Caminho Niemeyer e o Museu de Arte Contemporânea; em Maricá, a entrada da cidade e a Igreja Nossa Senhora do Amparo. A iluminação será neste sábado (7), a partir das 18h.

As ações marcam os 15 anos da Lei Maria da Penha, que se completam amanhã. A Lei 11.340/2006 recebe o nome da cearense Maria da Penha, que ficou paraplégica em decorrência das duas tentativas de feminicídio por parte do marido, em 1983. Após a criação da lei, foram implementados mecanismos para combater a violência doméstica e familiar. A lei abrange outras formas de violência além da física, como a psicológica, sexual, patrimonial e moral.

Mesmo com 15 anos de vigência da Lei Maria da Penha e de ser referência internacional, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de violência contra as mulheres, e esses dados se tornaram mais preocupantes durante a pandemia da covid-19.

Mais de 40 mil denúncias de casos de violência doméstica, familiar e outros tipos de violência contra a mulher foram registradas pelos canais de atendimento da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos só no primeiro semestre deste ano.

Somente no estado do Rio de Janeiro, entre março e dezembro de 2020, durante o isolamento social, mais de 250 mulheres foram vítimas de violência por dia. Cerca de 61% desses casos ocorreram dentro das residências, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP).

Agência Brasil

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