A hashtag #EleNão criada como protesto a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) a Presidência e que vem sendo bastante difundida nas redes sociais aqui no Brasil por anônimos e celebridades como a cantora Daniela Mercury, o ator Chay Suede e a apresentadora Fernanda Lima, ganhou um reforço internacional de peso nesta sexta-feira (28), ninguém menos do que a Rainha do Pop. Madonna postou em suas redes sociais a foto acima em que refuta, com mensagem em português o candidato que é líder das pesquisas.
Famosa por protestar contra injustiças e principalmente pelos direitos das mulheres, ela resolveu se posicionar justamente contra Bolsonaro, que reconhecidamente já fez declarações contra minorias sexuais e raciais, além de manifestar apoio a tortura. A arte reproduzida pela cantora é uma criação de um fã brasileiro, Aldo Diaz e que já havia sido compartilhada por ele no último dia 16.
Outra hashtag contra o candidato
Depois denuncias levantadas pela revista Veja, rapidamente a hashtag #BolsonaroNaCadeia começou a ganhar força no Twitter e acabou sendo trending topics da rede sociais, chegando a liderar o ranking de assuntos na manhã desta sexta. A publicação teve acesso a um processo de cerca de 500 páginas em que a ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle acusa o presidenciável de ocultar milhões de reais em patrimônio pessoal na prestação de contas à Justiça Eleitoral em 2006, ano em que foi eleito deputado federal. No mesmo documento ela cita também, além da disputa pela guarda do filho do casal, um caso em que Bolsonaro teria furtado seus bens, sem contar os relatos de "comportamento explosivo" e "desmedida agressividade".
Como agora Ana Cristina usa o sobrenome Bolsonaro e é candidata a deputada federal pelo Podemos. Hoje ela nega as acusações e ainda defende o ex-marido, dizendo que foram excessos na separação.
Mas de acordo com matéria da revista Veja, no documento ela acusa Bolsonaro de furtar cerca de 31 mil dólares, 600 mil deles em joias de um cofre que ela mantinha no Banco do Brasil no dia 26 de outubro de 2007, na época foi feito um boletim de ocorrência 5ª Delegacia de Polícia Civil.
Na mesma reportagem, a ex-mulher também teria revelado no processo que renda mensal do então deputado chegava a 100 mil reais por mês. Como na época ele recebia 26,7 mil reais pelo cargo de parlamentar e mais 8 mil e seiscentos como militar da reserva, Ana Cristina afirmou que ele recebia "outros proventos", mas não chegou a especificar quais seriam.