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Sem danos colaterais

Polícia comemora ausência de feridos ou mortos na prisão de Macaquinho

Miliciano foi encontrado embaixo de uma cama, na casa de uma tia, para onde fugiu ao perceber a chegada das equipes policiais, e se entregou sem resistência


A cúpula da Polícia Civil usou a ausência de mortos e feridos na prisão de Macaquinho, um dos líderes da milícia da Zona Oeste, como resposta às limitações do Supremo. Foto Ascom PCERJ

A prisão de Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, foi comemorada pela cúpula da Polícia Civil por indicar o sucesso do cerco às milícias, desde a criação da Força-Tarefa especializada, em outubro do ano passado. Não somente por isso. Os diretores e delegados presentes à coletiva de balanço da operação destacaram a ausência de baixas, inclusive entre os criminosos.

Sem referência direta, a operação bem-sucedida desta quinta foi usada como argumento para rebater as críticas de movimentos de Direitos Humanos e lideranças de comunidades à política de confronto, que resultou por exemplo na chacina do Jacarezinho, a ação isolada com maior número de vítimas da História do Estado do Rio. De quebra, a cúpula da Polícia Civil usou o êxito da operação para defender o uso de helicópteros, um dos pontos questionados na determinação do Supremo Tribunal Federal limitando operações policiais em comunidades cariocas e fluminenses.

- A operação (da prisão de Macaquinho) teve como base os pilares da corporação: Inteligência, Investigação e Ação. Utilizamos o helicóptero, que foi fundamental na localização do miliciano, e não houve nenhum inocente ferido ou bandido neutralizado, comprovando que a ação da polícia depende da reação dos criminosos - disse o delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Sepol.


Participaram da ação agentes do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE); da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO); Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE); Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).

Edmilson Menezes, o 'Macaquinho', foi localizado em Campinho, Zona Norte da capital. Durante a ação, os agentes apreenderam dois fuzis. Segundo as investigações, "Macaquinho" era o chefe da milícia que atua nas comunidades do Barão, Divino, Chacrinha, Fubá, Jordão e Campinho. Essa foi a terceira tentativa de captura do criminoso.

- As equipes chegaram ao local e quando percebeu que seria preso, ele fugiu e se escondeu na casa de uma tia, onde foi preso embaixo da cama. O criminoso se entregou sem resistência. A prisão de "Macaquinho" é uma demonstração de que o trabalho da Polícia Civil será permanente para combater as diferentes organizações criminosas de milicianos - declarou o delegado Felipe Curi, diretor do DGPE.


Edmilson foi a segunda grande liderança que sai de circulação este ano no Rio de Janeiro. Desde a criação da Força-Tarefa, em 14 de outubro de 2020, a Polícia Civil realizou 105 operações, prendeu mais de 750 milicianos, e 25 criminosos morreram ao atacarem a tiros os agentes durante operações policiais. Entre os mortos está Wellington da Silva Braga, o “Ecko", chefe da maior milícia do território fluminense. Na operação desta quinta (12), a Força-Tarefa também prendeu "Playboy do Campinho", apontado como segurança de “Macaquinho”, e Leonardo Luccas Pereira, o “Leleu”, chefes do grupo criminoso; além da prisão do irmão de Edmilson.

As ações também já resultaram em fechamento de dezenas de comércios clandestinos que exploram sinal de internet e TV a cabo, interdição de depósitos ilegais de gás e estabelecimentos que comercializam produtos piratas, entre outros, gerando prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos criminosos.

Polícia Civil e Portal dos Procurados

Polícia prisão de Macaquinho miliciano embaixo da cama

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