O documentário "Super Size Me - A Dieta do Palhaço" (2004) é um longa-metragem razoavelmente bem-humorado e extensamente ácido sobre o que para bilhões de pessoas parece ser um sonho: comer hambúrguer sempre que quiser. O diretor estadunidense Morgan Spurlock foi além e registrou o experimento a que se submeteu livremente, por um mês, para falar sobre consumismo, maus hábitos alimentares e como a publicidade pode agir de maneira nociva junto aos consumidores.
Pois na noite deste domingo (20), a prova bate-volta do "Big Brother Brasil" foi patrocinada pela rede de fast-food McDonald's. E o prêmio para os dois participantes que conseguissem se livrar do paredão era ainda mais ousado do que o plano do cineasta: um ano de consumo grátis na cadeia de lojas fundada pelos irmãos Maurice e Richard McDonald's, em 1948.
Foi o caso do designer e empresário Eliezer Netto, natural de Volta Redonda (RJ), e da bióloga e professora do ensino básico Jessilane Alves, de Alto Paraíso de Goiás (GO), ambos 'pipocas' - pessoas desconhecidas que são convidadas a participar do programa - e que não correm o risco de eliminação nesta semana. Com isso, Gustavo e Paulo André se juntaram a Brunna no paredão.
Segundo o apresentador Tadeu Schmidt disse ao vivo, o prêmio vale R$ 12 mil.
Assista no vídeo abaixo ao documentário "Super Size Me - A Dieta do Palhaço".
Reprodução YouTube
Comparação econômica e gastronômica
Em 1986, a revista "The Economist", baseada nos EUA a exemplo da rede, criou o Índice Big Mac, com o objetivo de avaliar os preços do sanduíche ao redor do mundo e, de acordo com a mais recente medição (dezembro de 2021), o que esses valores revelariam sobre a taxa de câmbio do dólar em relação às moedas que circulam em 56 países.
A partir de uma teoria chamada de Paridade do Poder de Compra (PPC), o Brasil aparece com o preço médio do sanduíche mais famoso do mundo a R$ 22,90, segundo o cálculo de dois meses atrás. Neste caso, o real estaria 25,8% desvalorizado em relação ao dólar que circula nos Estados Unidos.
No mesmo período, o franco suíço (20,2%) e a coroa norueguesa (10%) foram as únicas moedas que não tiveram depreciação, realizada sem regularidade desde março de 2000.
Considerando esses números, portanto, ao custo médio de R$ 50 por lanche básico, que inclui sanduíche, bebida e batata frita, é possível concluir que o 'brother' e a 'sister' frequentarão qualquer lanchonete da rede no Brasil, sem pagar por isso, ao longo de 60% de um ano (ou 240 dias), no intervalo de 365 dias, até o fim da gratuidade.