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Disque-Denúncia recebeu 63 denúncias de crimes eleitorais no 2º turno no estado

Prefeito de Belford Roxo foi um dos denunciados fazendo boca de urna

Por Andrew Miranda em 31/10/2018 às 01:32:41

O serviço Disque-Denúncia recebeu 13 comunicações de possíveis crimes eleitorais que teriam ocorrido entre o último sábado e 50 no domingo, dia da votação no segundo turno. Entre estas denúncias estão boca de urna, irregularidades em urnas eletrônicas, propagandas irregulares (cartazes, postagens em redes sociais no dia da eleição), e compra de votos. Os dados foram divulgados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Já no 1º turno, foram registradas 217 denúncias, como ainda o derrame de santinhos (o “voo da madrugada”), problemas no uso da biometria e longas filas de espera para votar.

As denúncias foram encaminhadas aos promotores eleitorais, que têm a competência para apurar a veracidade dos fatos. A Ouvidoria do MP recebeu, entre os dias 1º e 29 de outubro, 96 comunicações, que foram enviadas aos promotores eleitorais pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias Eleitorais (CAO Eleitoral/MPRJ).

Entre os casos relatados, está o do prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, que foi flagrado fazendo “boca de urna” em favor de um dos candidatos a governador do Rio. O crime foi visto durante fiscalização eleitoral no Ciep Monsenhor Solando Dantas, no bairro de Heliópolis, onde acontecia votação. Ao receber voz de prisão pela promotora de Justiça Anna Carolina Vieira Lisboa Fernandes, Waguinho fugiu e somente à noite, por volta das 19h50, compareceu à 54ª DP (Belford Roxo), junto com advogados e assinou o termo de compromisso de ir ao Juizado sempre que convocado.

Conforme o registro de ocorrência na DP, o chefe do Executivo de Belford Roxo teria chegado no começo da tarde à escola, vestindo uma camisa com adesivos alusivos ao candidato que apoiava, cercado de outras pessoas, também com os mesmos adesivos, caracterizando manifestação coletiva de apoio e abraçando a todos que passavam, em “notória atividade de boca de urna”. Ao receber denúncia anônima, a promotora foi local acompanhada de agentes do MP e registrou a ação do prefeito em fotos e vídeos. Em seguida, deu voz de prisão.

Ainda de acordo com o registro de ocorrência, Waguinho alegou não conhecer as pessoas ao seu redor, mesmo estando estas atentas à conversa e igualmente trajando camisas com adesivos, também praticando, o crime de boca de urna. Então, ele disse que acionaria seu advogado e pediu para ir ao banheiro, lavar as mãos. Contudo, ele escapou e entrou em um carro, juntamente com quatro homens não identificados, parte daqueles que praticavam a boca de urna juntamente com ele.

Segundo o MP, o prefeito se valeu do seu poder político e influência na região para induzir as pessoas a votar no candidato que ele apoiava

 

 

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