A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro deflagrou uma operação contra suspeitos de envolvimento com o tráfico de armas e a exploração de máquinas caça-niqueis. Os alvos são seis policiais militares, por isso a ação tem o apoio da corregedoria da corporação. Ao todo, foram emitidos 21 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos, armas e uma quantidade de dinheiro em espécie.
A operação desta quinta-feira decorre de informações obtidas durante as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2014. Apesar disso, a Polícia Civil afirma que os fatos apurados agora não têm relação direta com as mortes.
O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz aguardam julgamento pela execução de Marielle e Anderson, mas são acusados também de integrar um grupo de extermínio ligado a milícia, que seria responsável por diversos outros homicídios.
Lessa também foi um dos alvos de uma operação recente da Polícia Federal contra o tráfico internacional de armas.
Abaixo, a nota oficial divulgada pela Polícia Civil a respeito da operação desta quinta-feira, que por envolver PMs como investigados teve o apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro:
"A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), juntamente com a Corregedoria da Polícia Militar, realiza uma operação para cumprir 21 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Essa ação, que nada tem a ver com a morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, surgiu durante as investigações do assassinato da vereadora e é relacionada aos crimes de tráfico de armas e de máquinas de caça-níqueis.
As equipes fazem diligências em locais ligados a seis policiais militares, e já apreenderam armas e dinheiro em espécie."
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro