O traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, foi denunciado, mais uma vez, à Justiça do Rio de Janeiro, em outubro, acusado de ser o líder da venda de drogas na comunidade do Mandela, em Manguinhos, na Zona Norte da capital.
Segundo os autos, ele mesmo escondido no Paraguai, forneceria drogas, armas de fogo e munições para comparsas da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
De acordo com a denúncia, que envolve 17 acusados, a quadrilha atua nas comunidades de Manguinhos, Mandela, Parque Arará, Nova Holanda, CCPL, Varginha, Mangueira e Tuiuti e, além do tráfico de drogas, pratica outros outros crimes, como roubo de cargas e roubos de estabelecimentos comerciais que atuam na venda de aparelhos de telefonia.
Consta da denúncia que a organização criminosa possui estrutura e divisão de tarefas. Seus integrantes seguem as orientações de seus líderes para a compra e venda de drogas, incluindo valores, forma de venda e acondicionamento, local, arregimentação de mão de obra e definição de funções, além de conquista de território explorado por quadrilha rival. O texto destaca ainda a aquisição de armamento e munições, definição de punições para os desafetos ou qualquer pessoa que descumpra suas ordens ou possa, de qualquer forma, ser um obstáculo para a realização do tráfico de drogas, determinação de resistência à ação policial, inclusive, com prática de homicídios, roubos e distribuição dos lucros.
Entre os denunciados está Fábio Pinto dos Santos, o Fabinho São João, apontado nos autos como líder do tráfico de Manguinhos, que responde por crimes tráfico de drogas, além de homicídio, roubos, extorsão mediante sequestro, inclusive, com condenação pela prática do crime de latrocínio.
Marcelo Piloto foi expulso do Paraguai há duas semanas dias após ter sido acusado de matar uma jovem de 18 anos dentro da cadeia, em Assunção.