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Depois de mais de dez anos

Itaú devolve quatro obras roubadas à Biblioteca Nacional

As peças foram furtadas de seu acervo em 2004


Imagem das gravuras roubadas. Foto: Henrique Coelho/Divulgação

 A Biblioteca Nacional recebeu de volta, nesta segunda (03), as quatro obras que foram furtadas, em 2004, e que faziam parte da coleção do Itaú Cultural. A Biblioteca junto com o Itaú Cultural assinaram um acordo em 2018 onde o Itaú enviaria algumas peças de sua coleção que havia suspeita de terem sido furtadas.

Ao todo foram encaminhadas 102 obras onde foram confirmados três desenhos feitos por Keller- Leuzinger, entre 1865 e 1868 e uma litografia “Rio de Janeiro Pitoresco” (1842 a 1845), de Buvelot e Moreau, todas pertencentes à Biblioteca.

O perito Joaquim Marçal revelou que os desenhos -"Cena de pesca após tempestade", "Manaus" e "Rio Moju"- foram de fácil identificação, pois são obras únicas, e a Biblioteca Nacional tem ampla documentação sobre a aquisição deles.  Em relação à litografia, ela era monocromática quando BN adquiriu, entretanto foi raspada e colorida após o roubo, muito diferente do que se usava no século XIX. Os peritos, utilizando luz especial, conseguiram identificar o número do cofre onde ela havia sido guardada.

A história começou quando o ladrão, Laéssio Oliveira, confessou que havia roubado essas e outras obras, através de uma carta enviada da prisão, a várias pessoas e instituições, onde relatava que as gravuras de Emil Bausch pertencentes à coleção do Itaú Cultural haviam sido furtadas por ele e vendidas ao colecionador Ruy Souza e Silva, que vendeu ao Itaú. O colecionador é ex-marido de Neca Setubal, filha de Olavo Setúbal (1923-2008), ex-presidente do conselho e maior acionista do Itaú.

Após o caso ter saído na imprensa, o Itaú encaminhou as obras para a perícia da Biblioteca Nacional que ao confirmar pertencer ao acervo, foram devolvidas. A Biblioteca já passou por dois roubos, um em 2004 e outro em 2005, na época Pedro Correa do Lago, era presidente e também curador da coleção Itaú. A Polícia Federal instaurou um inquérito e já está ouvindo os envolvidos na história.

gravura Itaú biblioteca

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