Foragido desde a noite da última sexta-feira (4), após matar a esposa, Flodilson da Silva Araújo - mais conhecido como Dilson -, 38 anos, foi preso por policiais do 27°BPM (Santa Cruz), na tarde deste sábado (5).
Os PMs chegaram até um imóvel na Avenida Um, na localidade conhecida como Nova Sepetiba, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, através de denúncia anônima.
Ele foi levado para a 43ª DP, de onde foi conduzido à Divisão de Homicídios (DH).
O crime ocorreu na Rua Pequi, no Morro do Urubu, em Pilares, na Zona Norte do Rio, quando Dilson assassinou Tamires Blanco da Silva, 30, a socos e garrafadas.
O casal estava junto há dois anos e tinha uma filha de apenas onze meses . Ela tinha outro filho de um relacionamento anterior.
Este foi o quarto feminicídio - quando o assassinato é cometido por homens do círculo de convivência da vítima, geralmente companheiros ou ex-maridos - no Estado do Rio de Janeiro nos cinco primeiros dias de 2019.
Também na sexta-feira, outra mulher foi assassinada por um homem de seu círculo de relacionamento. O crime ocorreu em Cordovil, na Zona Norte do Rio, onde Marcelle Rodrigues da Silva, 27, foi esfaqueada pelo ex-companheiro, Márcio Lima Corrêa. Os dois estavam separados desde 2018. Ele chegou a fugir, mas foi encontrado por um vizinho que é PM reformado e preso. A vítima deixou três filhos. O de 8 anos presenciou o crime.
Na quinta-feira, dia 3, em Itaguaí, na Baixada Fluminense, Simone Oliveira de Assis, 40, foi morta a marretadas durante uma crise de ciúmes do marido, José Carlos da Silva Carvalho, 60. Ele se entregou à Polícia. Os dois estavam casados há dez anos, mas haviam oficializado a união apenas em maio do ano passado.
A primeira vítima de 2019 foi a manicure Iolanda Crisóstomo da Conceição de Souza, 42. Ela foi morta a golpes de faca desferidos pelo ex-marido, Rodrigo de Souza Lima, durante uma discussão no Tanque, na Zona Oeste do Rio, após uma festa de réveillon. O crime foi cometido na frente do filho deles - de 5 anos. Ele foi preso. Os dois estavam separados há quatro meses e ele não se conformava com o término do relacionamento. A manicure deixou outras duas filhas - de 21 e 24 anos.
O Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, ficando atrás somente de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.