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Na Galeria da Providência

Curso de empreendedorisno no Centro do Rio tem inscrições on line

Além do curso, projeto abrirá inscrições para mentorias online gratuitas


Galeria da Providência receberá o curso. Foto: Divulgação

Estão abertas, até sexta-feira (24), as inscrições gratuitas para o IV Falem da Zona Oeste, projeto criado e gerido pela organização e Ponto de Cultura Viva Zona Oeste. Nesta edição será oferecido o curso de Empreendedorismo presencialmente em parceria com a Galeria Providência, que fica na Rua Bento Ribeiro nº 86, 3º andar - Gamboa. As inscrições para o curso presencial podem ser feitas online através deste link. Além do curso, o projeto abrirá inscrições, a partir desta segunda-feira (20), com mentorias online gratuitas, com uma hora de duração, para agentes culturais de toda a cidade do Rio de Janeiro, de abril a julho, mas priorizando agentes periféricos. As inscrições podem ser feitas neste link. Este projeto conta com recursos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal.

Sobre o Curso

Serão doze encontros semanais, de abril a junho, todas as segundas-feiras (exceto no feriado do trabalho, dia 01 de maio), com duas horas de duração. Serão duas turmas distintas: das 16h às 18h e das 19h às 21h. Durante o curso, serão abordados os seguintes temas:

? Desenvolvimento de produtos, serviços e projetos culturais

? Elaboração de projetos culturais, construção de portfólio e materiais de venda;

? Formalização de negócios (principalmente do tipo MEI) e comunicação (incluindo desde as redes sociais até a comunicação comunitária).

As vagas são voltadas, prioritariamente, para moradores do Morro da Providência, afroempreendedores, lideranças indígenas, mas também são abertas para agentes culturais periféricos de toda a cidade do Rio.

O curso terá a participação de palestrantes e mentores da própria organização Viva Zona Oeste: Fernanda Rocha e Vinicius Longo, fundadores e coordenadores da organização. É também a primeira geração de empreendedores periféricos, dentro do seu próprio núcleo familiar. Vinicius é artista, jornalista e empreendedor desde sempre, nascido e crescido no Complexo do Alemão, busca melhores oportunidades de viver com dignidade, aceitando e incluindo a rica diversidade em territórios periféricos. Há 12 anos, vive na Zona Oeste. Já Fernanda Rocha é formada em dança, artista, educadora e empreendedora. Nascida e crescida em Curicica (Zona Oeste do Rio), possui rica experiência desde em espaços comunitários até grandes empreendimentos, onde já foi gerente de lojas de grandes marcas pelo Brasil.

A metodologia do curso é muito estimular que qualquer pessoa consiga ser empreendedor e as características sociais de alguém periférico, que não esteja incluído dentro da cidade e seja incorporado como desafio, mas assim como vantagem competitiva. É uma metodologia que trabalha muito a potência que esses territórios possuem, desde a relação de afeto e desenvolvimento humano até os desafios de gestão de negócios que, às vezes, são pouco adaptáveis e faltam oportunidades de sensibilização para inserção no mercado.

Além disso, a organização convidou os palestrantes: Hugo Oliveira, afro-empreendedor, artista e coordenador do Galeria Providência. Cria do Morro da Providência, artista da dança, educador, pesquisador, gestor cultural e doutorando em Comunicação Social pela UERJ. Pensando ressignificação social, sociabilidade e disputa territorial na cidade, ele possui experiência em gestão pública e privada, onde já atuou como Gestor nos programas UPP Social/Rio+Social e assistente de gerenciamento no Programa Favela Criativa. Além disso, atuou junto com outras organizações sociais, como ONGs Redes da Maré e CIEDS. Também já realizou intercâmbios artísticos internacionais de dança, com e para moradores de favelas no Rio. Já a liderança Indigena Zulu Anapuàka M. Tupinambá Hã Hã Hãe, coordenador da Rádio Yandê, é empreendedor, comunicador e programador. Possui rica experiência no campo da comunicação e tecnologia, sempre muito focado no diálogo e entendimento das identidades e culturas dos povos indígenas no Brasil. Já produziu diversos produtos comunicacionais nas mais diversas mídias, desde impressos até audiovisual. Fechando o ciclo, temos o pedagogo e social media do Viva Zona Oeste, William Freire, que dará as palestras de comunicação em parceria com todos os envolvidos. William possui experiências na elaboração de conteúdos pedagógicos e afinados no desenvolvimento humano, buscando um senso crítico quanto ao uso das mídias, não apenas para o desenvolvimento, mas para inclusão de todas e todos, estimulando o uso com consciência e auto-cuidado emocional e na relação com o outro.

"A participação dos palestrantes ao longo do curso busca construir uma melhor identidade com o público atendido. A troca de conhecimentos e aplicação dos conteúdos pode ser uma oportunidade de trazer significado e diálogo com essas identidades, para que não seja apenas mais um curso cheio de informações técnicas", aponta Vinicius Longo, fundador e coordenador do Viva Zona Oeste.

Ao final do curso, durante o mês de julho, será realizada uma ação de rede, encerrando o curso, com a participação de todo o público atendido, equipe do projeto e em parceria com as organizações envolvidas, no Morro da Providência, para celebrar a vida e as conquistas alcançadas. “Será uma rica oportunidade de colocar os ensinamentos em prática em um ambiente inclusivo e horizontal, mas com os desafios do empreendedor que são os prazos e utilização de ferramentas para gestão compartilhada”, esclarece Vinicius Longo.

Sobre as mentorias

As mentorias ocorrerão sempre online, mediante agendamentos prévios e por ordem de inscrição no link e serão marcadas semanalmente pela organização no período de abril a julho. As mentorias terão duração de uma hora e será realizado sob medida, a partir das dúvidas apontadas no formulário de inscrição, onde os coordenadores Vinicius Longo e Fernanda Rocha farão os atendimentos marcados. Os assuntos compreendidos nas mentorias vão desde elaboração de produtos, serviços até projetos culturais, execução e prestação de contas de projetos através de editais e processos público e privados, gestão de CNPJ, formalização de negócios, captação de recursos, entre outros assuntos sob demanda informado pelo participante no ato da inscrição.

Segundo Fernanda Rocha, coordenadora do Viva Zona Oeste, a prática de oferecer mentoria já é realizada há anos em encontros comunitários com centenas de agentes culturais por todo o Brasil. "A partir deste ano, a organização decidiu oficializar a prática, tornando-a acessível para toda a cidade do Rio de Janeiro. Estamos certos de que as mentorias vieram para ficar. Já sabemos de antemão que a demanda é grande em relação às vagas disponíveis. Esperamos encontrar cada vez mais parceiros para ampliar as oportunidades para mais agentes culturais periféricos. Sabemos da importância de projetos como esse e também o quanto essas mentorias mais 'mão na mão' são escassas em nossos territórios periféricos, ainda mais feitas por expertises locais”, finaliza.


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