Organizada pela Federação Internacional de Dança Esportiva (World Dance Sport Federation- WDSF), a competição é uma das que mais pontuam para o ranking mundial, que será fechado no fim do ano: os 14 primeiros colocados em cada gênero (feminino e masculino) avançarão à disputa classificatórias olímpica em 2024. Também chamada de Olympic Qualification System (OQS), a classificatória distribuirá 14 vagas para os Jogos de Paris. Além de brasileiros, o evento reunirá atletas dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul, China, França, Países Baixos, Ucrânia, Espanha, Cazaquistão e Colômbia.
Entre as estrelas mundiais na edição do Breaking for Gold Series no Rio está o canadense Phil Wizard, campeão mundial no ano passado, e o cazaque B-Boy Amir, campeão da primeira etapa do circuito, realizada em fevereiro, em Kitakyushu (Japão). Outros expoentes na competição masculina são B-Boy Lussy Sky (Ucrânia) e o B-Boy Xak (Espanha). Na disputa feminina, as atletas mais cotadas para o título são a B-Girl India (Países Baixos), campeã europeia, e duas grandes rivais japonesas: B-Girl 671 (vice-líder do ranking) e B-Girl Ami.
“Depois do Mundial e do Continental da categoria, que dão vaga direto [para Paris 2024], os World Series são as principais etapas de ranqueamento para B.Boys e B.Girls que querem estar em Paris em 2024 e o Brasil vai sediar um deles. Estamos muito felizes pelo privilégio de receber em casa este evento e os atletas mundiais em busca do sonho olímpico e, claro, torcendo muito para o nosso Time Brasil”, afirmou José Bispo de Assis, diretor técnico de breaking do Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD).
Seleção brasileira
O Brasil terá seis atletas (masculino e feminino), entre 19 e 35 anos de idade, na luta pelo título na etapa do Rio. Entre os B-Boys estão o paulista Luan San (campeão brasileiro), o paraense Leony, e o mineiro Rato EVN. Na disputa feminina, a seleção conta com a mineira Nathana, a paraense Mini Japa e a paulista Toquinha.
“Estar neste campeonato é muito importante para mim, pois estou representando um grupo, a comunidade onde eu moro, o Brasil. É uma chance que tenho para mostrar o resultado dos meus treinos. Vou para cima para buscar os pontos que preciso para estar [nas classificatórias] de 2024”, projeta a B-Girl Toquinha, que conheceu o breaking por meio em projeto social, em Perus, distrito localizado a cerca de 27 quilômetros da capital paulista.
De olho em Paris
Depois do êxito brasileiro na estreia do skate e do surfe na Olimpíada de Tóquio - no mar asiático o país faturou ouro com Ítalo Ferreira, e nas pistas foram duas pratas com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler – não parece irreal a expectativa por medalha no debut do breaking nos Jogos de Paris.
Os Jogos terão apenas 32 atletas (homens e mulheres) da modalidade. Cada comitê olímpico nacional terá direito a apenas quatro vagas (duas por gênero). O principal critério para o atleta brigar por uma vaga olímpica do breaking em Paris é ter nascido até 31 de dezembro de 2008.
Além das etapas do Breaking for For Gold Series que valem pontos para o ranking – confira a programação deste ano – a definição das vagas ocorrerá em três competições. O campeonato mundial - entre 23 e 14 de setembro, na Bélgica – dará duas vagas, uma por gênero, aos vencedores. Já os campeonatos continentais (africano, europeu, asiático, Jogos Pan-Americanos e Continental da Oceania) definirão outras 10 vagas. Por fim, a última chance de B-Boys e B-Girls carimbarem o passaporte rumo aos Jogos de Paris será na classificatória – o Olympic Qualification System (OQS) – no primeiro semestre de 2024, que distribuirá 14 vagas.
Agência Brasil