Investigações feitas pela Polícia Civil e o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro revelam a existência de uma organização criminosa que atua em cartórios de notas e registro de imóveis na capital, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense e adjacências.
O esquema fraudulento funcionava a partir da compra e venda sucessivas de imóveis com avaliações variadas. Os criminosos adulteravam as escrituras públicas e os registros de imóveis, tomando a propriedade para eles. Os imóveis que tinham as escrituras e registros falsificados, eram vendidos para terceiros por um valor muito abaixo do mercado e revendidos com o valor superior a transação antecedente.
Foi deflagrada nesta quinta-feira (28) a Operação Lázaro - fase II. A ação visa cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra o grupo.
As investigações tiveram início em 2017 a partir de uma falsa denúncia de posse de um terreno localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Na ocasião, a suposta vítima apresentou documentos falsificados, que após longa investigação e trabalho pericial levaram ao esquema de fraude envolvendo tabeliães e funcionários do 10º ofício de notas e 2º Registro Geral de Imóveis de Nova Iguaçu.
De acordo com o delegado Adriano Marcelo Firmo França, após inúmeras diligências e trabalho de inteligência, foi possível identificar várias escrituras, registros e certidões falsos em cartórios localizados na Baixada Fluminense levando a existência da organização criminosa. Ainda segundo o delegado, a fraude também envolvia grileiros, agentes imobiliários e políticos locais.
A quadrilha vai responder pelos crimes de denunciação caluniosa, lavagem de dinheiro, estelionato, peculato corrupção passiva e associação criminosa.