O MecaOlympic Games inaugura sua 1ª edição, trazendo uma mensagem clara: os jovens do futuro deverão estar preparados para unir tecnologia e empreendedorismo. Promovido pelo colégio Teresiano em parceria com a I9Group, empresa de soluções tecnológicas para educação, o evento acontece até sábado (28), no Campus do Teresiano, na Gávea, aberto ao público.
O evento traz competições entre robôs e atividades lúdicas, onde o público pode conhecer de perto inovações tecnológicas e se divertir ao mesmo tempo. São cinco competições: ‘FIFA: Campeonato de E-Sports de futebol com PlayStation 5’; ‘Futebol Mecatrônico: primeiro campeonato de robôs com comandos ativos, em equipe, para o futebol’; ‘MecaPique: unindo robótica a tradições de brincadeiras infantis, as equipes disputarão um game com seus robôs, que une o famoso pique bandeira ao pique-cola’; ‘Corrida Sustentável: Robôs coletores voltados para a causa sustentável – jogo de robôs em equipe que coletam caixinhas recicláveis’ e o ‘Desafio Mecatrônico: Competição em que os alunos responderão questões acadêmicas’.
Além das competições, o evento proporciona maquetes envolvendo profissões do futuro e tem também dois jogos para o público participar: “passe e repasse”, cujo objetivo é responder perguntas (gerais ou de disciplinas como história e física, entre outras) e o "estoura balão", em que o objetivo é estourar o balão do adversário utilizando o controle de PS4 (os balões serão reciclados pelos alunos do colégio).
“Acreditamos que os alunos, nativos digitais, possuem enorme potencial tecnológico e empreendedor. Ele deve ser direcionado a favor da sociedade, do planeta, das profissões do futuro e da educação. Isso inclui todas as atividades do colégio, inclusive as inerentes a disciplina de Educação Física. Além disso, jogar MecaGames exige disciplina, coordenação, e pode ajudar no desenvolvimento de habilidades motoras finas e no aprimoramento da concentração, pensamento estratégico e crítico, aspectos essenciais às atividades físicas. Também promovem habilidades como trabalho em equipe, comunicação e cooperação, promovendo interações sociais no mundo real e a inclusão. Os MecaGames são inclusivos e não têm barreiras físicas”, completou Fábio Toledo, diretor do MecaOlympic Games e sócio-diretor da i9Group, empresa idealizadora do evento em conjunto com o Colégio Teresiano
O Meca Olympic Games vai além dos limites acadêmicos e busca a integração dos esportes à mecatrônica e à educação, aliando programação, robótica, impressão 3D, criação de APPs, e outros recursos que os alunos aprendem a desenvolver no âmbito da disciplina Inteligência Tecnológica e Empreendedora em conjunto com outras disciplinas, como educação física, matemática, ciências, entre outros.
Exemplo dessa união de sucesso nos games é o estudante de 16 anos, Luiz Otavio Rausch Mourão, que cursa o segundo ano do Ensino Médio. O rapaz criou, junto com João Tosta, Rafael Moraes e Arthur Caetano, um ‘Muro Gentil’ conectado a um aplicativo, para ajudar a quem precisa. O APP permite gerenciar e controlar o fluxo de doações, emitir alertas de baixa de estoque e divulgar campanhas incentivando doações via mídias sociais, entre outras funcionalidades. Hoje, o Muro faz parte da fachada do Colégio, e recebe todo o tipo de doação: roupas, livros ou até mesmo brinquedos.
“Cada grupo de alunos tem que escolher um projeto de Empreendedorismo Social que faça parte do Itinerário Formativo, e o meu grupo usou de inspiração projetos parecidos ao redor do mundo. Decidimos fazer o nosso dever de ajudar ao próximo”, explicou Luiz.
Também no âmbito do empreendedorismo social destacam-se projetos que estarão presentes no Meca Olympic Games: um que evita o desperdício de água, por meio de um Redutor de Vazão impresso na impressora 3D, instalado em todas as torneiras do colégio – ele foi contemplado, explorado e debatido nas aulas dos alunos do 8º e 9º ano – e o Muro Gentil, que automatiza um projeto solidário do colégio que conecta doadores a quem precisa.
O colégio, celeiro de prodígios na área de tecnologia, possui uma cultura fortemente voltada para empreendedorismo e inovação. Não é à toa que um dos brasileiros bilionários na lista da Forbes, Pedro Henrique Francheschi, é ex-aluno, e Rodrigo Mendes, um talento responsável por criar a PUC-Rio no Metaverso. Para Francheschi, que mora hoje em Los Angelos, nos Estados Unidos, o Teresiano teve muitas influências importantes não só na profissão que escolheu para sua vida, como nos valores que manteve ao longo de sua jornada.
“Aprendi valores muito importantes no Teresiano, sobre como tratar os outros bem, seja professor, colega ou funcionário. Esses valores estão alinhados com o tipo de pessoa que eu queria me tornar, e que a minha família queria que eu me tornasse. Isso transcende o que eu aprendi”, destacou Francheschi.