O roubo de cargas no Rio de Janeiro apresenta queda e 13% no número de casos em 2018, de acordo com dados da Fetranscarga. O resultado é menor do que o registrado em todo o território brasileiro cuja queda no período foi de 15%. Apesar da redução, representantes do setor consideram o número de casos bastante elevado.
Para Sérgio Peres Martins Vianna, da Fetranscarga, o roubo de carga é grande a quantidade de cargas roubadas no Rio de Janeiro.
"A policia faz o trabalho. Tenta reduzir. Foram 13% de redução em função do grande número de roubo de cargas. Em 2019 a queda está maior. De janeiro a abril, tivemos 838 casos a menos em comparação com o mesmo período de 2018. De janeiro a abril deste ano foram 2.691 casos, o que dá 672 roubos de cargas por mês, uma média de 22,5 roubos por dia", disse.
Segundo Sérgio Peres, o prejuízo causado pelos ladrões supera a cifra de R$ 1 bi e meio, todo o ano ao Rio de Janeiro.
Cargas preferidas por ladrões
De acordo com a Fetranscarga, as cargas mais visadas pelos ladrões são compostas por produtos eletroeletrônicos. Na sequência estão os produtos farmacêuticos, alimentícios, os cigarros e bebidas. "Essas cargas possuem valor agregado bem maior. Por isso, são mais visadas", disse.
Pesquisa divulgada pela associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) coloca a Região Sueste como recordista em cargas roubadas - 84,79%, em que mais de 40% ocorrem no Rio de Janeiro. Em seguida, bem distante, estão os estados do Nordeste, com 6,43% dos casos, depois a Região Sul com 5,69%, o Centro-oeste com 2,34% e a Região Norte com 0,75%.
O presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, credita a redução de roubos de carga no Rio de Janeiro a ação das Forças Armadas durante o período de Intervenção no Estado. Ele acrescenta que o os bandidos acabaram por se especializar neste tipo de crime:
"Os roubos de carga acabaram se tornando um negócio de quadrilhas especializadas, incluindo traficantes de drogas e facções criminosas", disse.