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Roubo de cargas no Rio de Janeiro tem queda em 2018

Apesar da diminuição de 13% no período, agentes do setor consideram a quantidade ainda elevada

Por Claudio Rangel em 17/06/2019 às 18:30:57

Redução de roubos em 2018 foi de apenas 13% em 2018. Foto: PRF/Divulgação

O roubo de cargas no Rio de Janeiro apresenta queda e 13% no número de casos em 2018, de acordo com dados da Fetranscarga. O resultado é menor do que o registrado em todo o território brasileiro cuja queda no período foi de 15%. Apesar da redução, representantes do setor consideram o número de casos bastante elevado.

Para Sérgio Peres Martins Vianna, da Fetranscarga, o roubo de carga é grande a quantidade de cargas roubadas no Rio de Janeiro.

"A policia faz o trabalho. Tenta reduzir. Foram 13% de redução em função do grande número de roubo de cargas. Em 2019 a queda está maior. De janeiro a abril, tivemos 838 casos a menos em comparação com o mesmo período de 2018. De janeiro a abril deste ano foram 2.691 casos, o que dá 672 roubos de cargas por mês, uma média de 22,5 roubos por dia", disse.

Segundo Sérgio Peres, o prejuízo causado pelos ladrões supera a cifra de R$ 1 bi e meio, todo o ano ao Rio de Janeiro.

Cargas preferidas por ladrões

De acordo com a Fetranscarga, as cargas mais visadas pelos ladrões são compostas por produtos eletroeletrônicos. Na sequência estão os produtos farmacêuticos, alimentícios, os cigarros e bebidas. "Essas cargas possuem valor agregado bem maior. Por isso, são mais visadas", disse.

Pesquisa divulgada pela associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) coloca a Região Sueste como recordista em cargas roubadas - 84,79%, em que mais de 40% ocorrem no Rio de Janeiro. Em seguida, bem distante, estão os estados do Nordeste, com 6,43% dos casos, depois a Região Sul com 5,69%, o Centro-oeste com 2,34% e a Região Norte com 0,75%.

O presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, credita a redução de roubos de carga no Rio de Janeiro a ação das Forças Armadas durante o período de Intervenção no Estado. Ele acrescenta que o os bandidos acabaram por se especializar neste tipo de crime:

"Os roubos de carga acabaram se tornando um negócio de quadrilhas especializadas, incluindo traficantes de drogas e facções criminosas", disse.


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