A Avianca Brasil vendeu em leilão, nesta quarta (10), os slots e ativos da empresa aérea para a Gol e a Latam. A companhia aérea dividiu todo o patrimônio em 7 lotes chamados de Unidades Produtivas Isoladas (UPIs). No leilão, três unidades foram adquiridas pela Gol e as outras duas pela Latam.
A Gol arrematou o primeiro lote, chamado UPI A, com 20 slots no aeroporto do Galeão, 12 no Santos Dumont e 18 em Congonhas por US$ 70 milhões. A companhia arrematou os lotes 5 e 6 chamados UPI D e UPI E, com 12 slots no Galeão, 8 no Santos Dumont e 13 em Congonhas pelo valor total de US$ 7,30 milhões. Os lotes foram pagos com créditos prioritários.
Já a Latam adquiriu o segundo lote, denominado UPI B, com 26 slots no aeroporto do Galeão, 8 no Santos Dumont e 13 em Congonhas, e o lote 4, o UPI C, com 6 slots no Galeão, 6 no Santos Dumont e 8 em Congonhas por aproximadamente US$ 70 milhões. A empresa também utilizou créditos prioritários na operação de pagamento.
As UPIs F, do programa de fidelidade da empresa, e parte do C, que foi desmembrada no lote 3, não foram arrematadas por nenhuma companhia aérea.
O leilão arrecadou o total de R$ 174 milhões, que entrará como pagamento de credores e funcionários, como consta no plano de recuperação judicial da empresa.
Venda realizada no leilão pode ser suspensa pela justiça
A venda dos ativos e slots realizada nesta quarta-feira pode ser anulada pela Justiça de São Paulo. O leilão foi garantido por uma liminar do desembargador Ricardo Negrão, relator da ação. A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) é que tem o poder de distribuição dos slots, que são as autorizações de voos e os direitos de uso de horários de chegadas e partidas nos aeroportos e, por isso, os mesmos não poderiam ser vendidos com os ativos da Avianca. A Justiça de São Paulo autorizou a Agência a redistribuí-los às demais companhias aéreas. A inclusão dos slots ou não com os ativos da empresa aérea ainda está em discussão na justiça.