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Mãe entra em trabalho de parto na Ponte Rio-Niterói

Policia Rodoviária ajuda gestante a chegar na maternidade

Por André Luiz Coutinho em 14/07/2018 às 17:20:00

Pequeno Enzo queria vir ao mundo rapidinho (Foto: PRF)

Em plena noite de sexta-feira 13, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que seguiam para Niterói tiveram uma ocorrência bem diferente do que eles estão acostumados a ter. Eles atenderam uma gestante que estava naquele momento entrando em trabalho de parto. Era por volta de 20h30 e eles seguiam pela Avenida Brasil na altura do bairro do Caju.

A auxiliar administrativa Dayane Souza de 25 anos revelou que estava na casa da mãe em Parada Morabi em Duque de Caxias na baixada Fluminense perto da BR-40 (Rio-Petrópolis) quando sentiu que a bolsa tinha estourado. "Era por volta de 20h, ai já corremos para a Maternidade Alzira Reis. Minha prima Tais veio comigo e minha mãe foi dirigindo. Quando entramos na Avenida Brasil eu comecei a sentir as contrações e minha prima que é técnica de enfermagem começou a marcar os intervalos. Ai que o líquido desceu mesmo e eu fiquei nervosa", explica a jovem que mora em Santa Rosa na Zona Sul de Niterói.

Enquanto a mãe, Nair Ferreira de 50 anos dirigia sua Pálio rumo a Ponte, com Dayane e a prima Tais Nascimento na parte de trás, o transito começou a ficar complicado na altura do Caju na Avenida Brasil. "Aí quando chegou em um certo ponto da Brasil que eu não me recordo a minha prima viu passar um carro dos policiais e ela disse que logo atrás viria outro", explica ela se referindo as viaturas da PRF que também seguiam para Niterói.

"Eu falei para ela colocar a mão para fora e pedir ajuda", revela Tais que afirmou estar preparada caso tivesse que fazer o parto. "Quando olhei pro tempo estimado de travessia da Ponte, 49 minutos, sabia que não daria tempo. Então eu já estava de prontidão para fazer o parto no carro", revela a profissional de saúde.

Mas, no entanto, nem foi preciso. Auxiliadas por vendedores ambulantes, elas conseguiram que a segunda viatura parasse e ajudasse. "Um deles desceu e veio até nosso carro, expliquei que a bolsa amniótica tinha estourado", conta Dayane.


Mãe e prima posam para foto aliviadas com o pequeno Enzo. Foto: Arquivo Pessoal

O PRF Cobo confessa que seguia rumo a BR-101 na altura da Rodovia Niterói-Manilha quando se surpreendeu com a ocorrência. "Tomamos um susto, um frio na barriga. Pois se trata de uma vida humana, ainda mais a vida de um bebê", revela explicando o procedimento adotado. "Paramos o trânsito e pedimos pra que a motorista do carro, colocasse o veículo entre as duas viaturas e que boa iríamos abrindo o trânsito e ela fosse acompanhando, então fomos abrindo o fluxo e entrando e saindo por onde dava, costurando," conta o agente que já havia participado de uma situação semelhante, quando outra mãe foi até eles desesperada porque o filho recém nascido tinha se  engasgado.

 "Viemos nessa correria, com minha prima me ajudando na respiração e pedindo para eu não fazer força, chegamos na maternidade por volta de 21h30", explicou Dayane elogiando a destreza dos policiais. "Dois policiais me ajudaram a subir a rampa do Alzira Reis até a sala de pré-parto".

Ao chegar lá, a médica foi logo fazendo o exame de toque, necessário nessas situações. "Ele já estava coroando, então correram comigo para o centro cirúrgico. Às 22h02 o Enzo nasceu. Com 3,455 quilos e 49 centímetros. Um amor, quase não chora", se derrete a mãe de Enzo Raphael Aprígio Ferreira do Nascimento, seu segundo filho.

A prima deles agradeceu a ação providencial dos agentes da PRF, que devem visita-los nos próximos dias, assim que os médicos liberem visita. "Sabemos o risco que muitos correm e estamos tão acostumados a ver inúmeras tragédias no dia a dia que participar de um momento assim, de alegria, do nascer, de mais uma esperança nesse mundo tão cruel. Não há palavras que possa descrever a gratidão o carinho e a admiração que cada um cativou de nós todas. Muito, mas muito obrigada mesmo e que Deus ilumine os caminhos de cada um sempre", agradece Tais.

"A nossa missão é salvar vidas, nós somos servidores públicos e estamos pra servir a nossa sociedade. Queremos que a sociedade nos olhe com um olhar de parceiros dela, nossa razão de ser é por ela. E estamos aqui pra ajudar a população, seguindo e respeitando as leis", garante Cobo.

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