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Milícia aterroriza Austin com diversos homicídios e roubos

Segundo investigação, grupo contaria com a ação de PMs.

Por Mario Hugo Monken em 13/08/2019 às 12:32:03

Moradores de Austin convivem com vários casos de homicídios. Foto: Reprodução

Uma milícia que tem sua base de atuação no bairro de Austin, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, é acusada de diversos homicídios na região. O grupo contaria com a participação de policiais militares.

Um dos casos, que tem processo na Justiça, envolve um miliciano conhecido como Caga Milho. Ele foi denunciado por ter sido suposto autor de tiros que mataram duas pessoas e feriram outras quatro no Bar do London. O motivo seria uma rixa entre o paramilitar e uma das vítimas, que seria ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP).

O grupo também seria responsável por crimes como roubo de carga e a residências, exploração de central clandestina de TV a cabo, cobrança de taxa de fornecimento de água fornecida pela Cedae, tomada de terrenos particulares (grilagem de terra), além de extorquir proprietários de centrais de Internet legalizadas e realizar segurança clandestina.

Essa milícia é acusada das mortes de um sargento do Exército no Bar Galeto do Vítor, em 2018; de Sidney Alessandro dos Santos, o Cidinho, em novembro de 2016; de um jovem chamado Gabriel ocorrida há poucos dias; e de rapazes conhecidos por Preto e Ninho.

Os nomes de três supostos PMs são citados pelos moradores. São conhecidos como Honda, André Porquinho e Lipi. Supostos integrantes do bando, respondem a processos na Justiça por roubos. Outros suspeitos de participar do esquema são pessoas conhecidas como Nando do Batuta, Fabinho Testa, Dileno e Neguinho.

Moradores pedem ajuda

"Diversos crimes graves que vem sendo cometido por esses covardes. A população de Austin não aguenta mais a atuação desse grupo criminoso e pede para que as autoridades tomem providências imediatamente para que possamos ter paz em nosso bairro. Estamos reféns do medo, pagamos nossas impostos e não temos segurança pública, o que cabe ao Estado", diz uma postagem na rede social.

Recentemente, foi preso um ex-PM acusado de ser um dos líderes do grupo.

Procurada, a PM informa que esses casos são objeto de Inquérito Policial Militar que corre em sigilo.

Já a Polícia Civil alegou que investiga várias ações de grupos paramilitares em diversas regiões do Rio de Janeiro, com o objetivo de identificar e prender todos os criminosos que atuam nesse segmento.

"Não divulgamos detalhes de investigações em andamento para não prejudicar a eficácia do trabalho de Polícia judiciária", informa a nota.


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