O sequestro a um ônibus da viação Galo Branco chegou ao fim por volta das 9h desta terça-feira. O homem foi atingido por 6 disparos efetuados por um atirador de elite do Batalhão de Operações Especiais (Bope) quando deixou o veículo e morreu. Algumas pessoas que acompanhavam a ação aplaudiram os agentes de segurança no momento dos disparos.
O homem morto na ação foi William Augusto Nascimento de 20 anos e seria um vigilante. William ainda teria saído com vida do local mas morreu quando ia para o Hospital Souza Aguiar.
Segundo o passageiro Hans Moreno, o sequestrador teria embarcado no ônibus na Ilha do Mocanguê na ponte e anunciado o sequestro. Hans contou também que o homem pediu calma a todos e teria liberado 6 reféns que apresentaram problemas de saúde a pedido dos próprios passageiros.
O governador Wilson Witzel esteve no local para parabenizar os policiais e as equipes de socorro envolvidas na ação e conversou com a imprensa. Witzel disse que foi necessário atirar no sequestrador e defendeu a atuação de atiradores de elite nas favelas do Rio de Janeiro.
"Primeiro, agradecer a Deus essa solução que, infelizmente, não era a melhor possível. O ideal era que todos saíssem com vida. Mas, nós tivemos que tomar uma decisão de salvar os reféns. A primeira preocupação nossa é salvar os reféns. Rapidamente solucionar o problema. O que nós assistimos foi um trabalho muito técnico da Polícia Militar. Fiquei monitorando para fazer meu trabalho como governador, e a polícia militar usando os atiradores de elite salvou os reféns. Meu papel como governador é fazer com que tudo funcione. E funcionou. Nos mobilizamos rapidamente. Peço desculpas à sociedade pelo transtorno (...) Muitas vezes a população não entende o trabalho da polícia, que tem que ser dessa forma. Se não tivesse abatido o criminoso, muita gente poderia ter morrido. Isso está acontecendo nas comunidades. Se a polícia puder fazer o trabalho dela de abater quem tiver de fuzil, muitas vítimas serão poupadas."
O coletivo da linha 2520 (Jardim Alcântara - Estácio) continua na pista sentido Rio e o sentido Niterói está sendo liberado pela polícia. A perícia da polícia civil está nesse momento no interior do ônibus fazendo a coleta de provas. O Centro de Operações Rio (COR) orienta que as pessoas utilizem as barcas como alternativa.