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“Os Rejeitados” é mais um filme natalino para amarmos

Cinestesia, Por Gabi Fischer, Cineasta e Produtora

Em 22/01/2024 às 13:29:20

Sinopse

Um instrutor rabugento desenvolve um vínculo com um encrenqueiro da escola e a cozinheira-chefe.

No equilíbrio e mistura entre a comédia e drama, “Os Rejeitados” nos presenteia com um filme natalino sobre relações. A premissa da narrativa já combina perfeitamente com o momento natalino do ano, já que o professor nada querido pelas turmas de um internato é o escolhido para acompanhar e cuidar dos alunos que não retornaram às suas casas para a data comemorativa. E nós embarcamos nessa jornada que começa com um grupo e chega até dois personagens. Primeiro que o roteiro é cativante porque vai contar sobre uma história realista e que toca a todos facilmente. Isto porque, por mais diferentes que os personagens sejam, enxergamos o que une a todos: são humanos com suas dores pessoais.

O diretor Alexander Payne tem como marca suas narrativas mais humanas, sobre as relações, algo que faz com maestria em “Nebraska”(2013) e “Os Descendentes” (2011). Isto porque seus personagens são muito bem construídos e nós, o público, vamos adentrando suas camadas e conhecendo suas vulnerabilidades. Aqui, a personagem Mary Lamb (Da’Vine Joy Randolph) é a que deixa isso logo de cara, pois é uma mãe de luto em uma época do ano que torna esse sentimento ainda mais delicado. Por falar em delicadeza, as sutilezas presentes ao longo da histórias são ótimas, como da escala social através do caso de Mary, já que seu filho teve de interromper os estudos no internato, pois foi o único aluno convocado para a guerra do Vietnã e não retorna para casa.

Durante todo o filme, o que mais se destaca é a maneira de discutir sobre questões que parecem ser tão pequenas, ou que ficam escondidas durante a rotina, através do humor. Assim, neste conto de natal, o professor de História Antiga Paul (Paul Giamatti) é um protagonista fora do comum, especialmente porque não é o mais fácil de engolir ou de criar laços. Só que seu jeito está com os dias contados (o que justifica seu protagonismo, pois é quem muda). É interessante como vamos conhecendo a todos neste microcosmos, até do sentido espacial, porque eles todos ficam somente em uma parte da escola, por meio deste grupo de adolescentes de idades, privilégios e visões de mundo diferentes. O choque com Paul é imediato e constante, o que é ótimo, enquanto Mary se expressa apenas no olhar. No meio de tantas diferenças, a única certeza é que precisam encontrar um equilíbrio para conviver (e sobreviver) ao feriado.

Mas tudo melhora ainda mais quando o grupo é diminuído para o trio: Paul, Mary e o jovem Angus (a estreante Dominic Sessa, que não fica para trás na atuação). A proximidade e intimidade se intensificam despertando mais ainda emoções em nós, pois seguimos em uma bonita jornada que vai falar sobre família, relações, amadurecimento e até solidão. Desconfio que “Os Rejeitados” vai entrar na lista de filmes natalinos preferidos de muitas pessoas, mas a certeza é que é sim uma ótima sessão!

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