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Até quando a consciência ambiental humana admitirá choro por vítimas de temporais?

É Sobre Isso, Por Edison Corrêa, Jornalista Pós-Graduado (MBA) em Administração de Marketing e Comunicação Corporativa

Em 18/01/2024 às 21:23:06

Todo ano é igual no Rio. As chamadas “chuvas de verão” chegam em dezembro, avançam pelas férias de janeiro, pegam os carnavais de fevereiro e as águas de março fecham o verão. Mas não com “promessa de vida no meu coração”, como diz a canção “Águas de Março”, composta por Tom Jobim e lindamente entoada pelo maestro soberano e por Elis Regina, mas exatamente uma antítese da música: a promessa é de mortes! A cada temporal, a cada enchente, a cada deslizamento, a cada desmoronamento. Principalmente de famílias. Chorosas. Perdidas. Desoladas.

Mas por que isso acontece ano a ano? São vários os fatores. As “chuvas de verão”, rápidas e violentas, já são conhecidas e antigas, mas as consequências geradas pelo fenômeno El Niño e a destruição do meio ambiente pelo próprio ser humano vieram potencializar essas questões, causando não somente temporais, mas as recentes ondas de calor sentidas no Rio, principalmente nos meses de setembro e novembro de 2023. O ar mais quente, com temperaturas acima de 40 graus e sensação térmica próxima dos sessenta graus, possui uma capacidade imensa de armazenar a umidade (vapor) que, em grande quantidade, origina a chuva. Neste caso, as chuvaradas que assolaram diversas cidades, como recentemente aconteceu no estado do Rio de Janeiro, causando doze mortes e mais de 600 pessoas desalojadas, principalmente na Baixada Fluminense.

Mas o que fazer? Uma das questões mais debatidas por especialistas são as políticas públicas. Sim, os governantes – e a população! - têm como minimizar os efeitos das chuvas. Desassorear rios e seus leitos; desentupir bueiros; desocupar rapidamente áreas de risco; evitar poluir o meio ambiente e jogar lixo nas ruas; criar e preservar áreas verdes; e construir sistemas de drenagem, remanejando e bombeando as águas, são alguns exemplos práticos de ações afirmativas. Tudo isso reside em apenas um ponto: um efetivo planejamento urbano para minimizar os efeitos danosos, visto que o Rio é um local complexo do ponto de vista das chuvas: são montanhas à beira-mar com materiais sedimentares nos pés dos morros, como rochas. Além disso, a ocupação irregular do espaço urbano agravou o problema.

O ser humano, como um dos protagonistas desse processo, precisa ter, minimamente, consciência ambiental. Mas o que seria isso? Ora, compreender o meio ambiente em que vive, em sua totalidade, conscientizando-se de seus atos perversos para a natureza e procurando maneiras de manter sua autossobrevivência. Se na contemporaneidade, o Homo Sapiens, dotado de inteligência, guerreia por petróleo, daqui há algum tempo – no máximo vinte anos, acredito – brigará por água potável (e não sou vidente!). É viver, aguardar e ver para crer. Temo pelas futuras gerações, mas AINDA há tempo. Com otimismo escorregadio. Patinando na chuva, claro.



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