Assassinado na noite da última terça-feira (5) no Conjunto César Maia, em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio, o miliciano Alexander da Silva Monteiro, o Popeye, integrou o grupo paramilitar Comando Chico Bala no início desta década. Popeye era braço direito do chefe, Francisco César Silva Oliveira, mas passou a comandar o grupo quando o líder foi preso.
Essa milícia cobrava de vendedores de gás de Campo Grande R$ 750 por semana, mediante grave ameaça consistente no porte ostensivo de armas de fogo e em promessas de morte em caso de recusa. A ordem partia de Popeye.
De outros vendedores de gás e água, o grupo cobrava semanalmente R$ 4,00 por cada botijão e R$ 1,00 por cada galão de água vendidos.
Com a prisão de Popeye na época, o Comando Chico Bala ficou enfraquecido e a Liga da Justiça tomou todas as áreas. A quadrilha não teve mais continuidade na atividade das milícias na região.
Popeye também foi réu e condenado por no final da década passada por ter efetuado alguns disparos, os quais atingiram o muro de uma casa de festas denominada ´Happy Day´, localizada em Campo Grande. Ainda segundo a denúncia, ele e terceiros teriam ameaçado um PM de morte.
Popeye também foi réu em um processo que julgou um ataque sofrido por um rapaz na Praça de Inhoaíba. O bando, com vontade de matar, usou diversas armas de fogo e efetuou diversos disparos contra a vítima mas não conseguiram acertar o alvo. A ação foi cometida porque o homem se recusou a ingressar na milícia de Chico Bala.
Sobre o assassinato de Popeye, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que na última noite, equipes do 31ºBPM (Barra da Tijuca) foram verificar uma ocorrência na Rua J, em Vargem Pequena. No local, os policiais localizaram um homem em óbito. O local foi preservado e a Delegacia de Homicídios acionada.
A Polícia Civil informou que foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Alexander e equipes da DH realizam diligências para esclarecer o caso.