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Milícia de Maricá se estruturou como poder paralelo para cometer crimes diversos, diz MP-RJ

Entre os crimes há homicídios, extorsões e corrupção ativa de policiais

Por Portal Eu, Rio! em 20/12/2019 às 14:36:34

A milícia alvo de operação nesta sexta-feira (20) em Maricá se estruturou como poder paralelo armado para finalidade de praticar crimes diversos, como homicídio, extorsão, corrupção ativa de policiais, agiotagem, furto de sinal de TV e internet e constrangimento ilegal, segundo informações do Ministério Público Estadual.

A quadrilha teve desavenças. Seu principal líder teria dado ordens para matar dois membros acusando-os de traição por não repassarem o dinheiro arrecadado com a segurança durante a sua prisão e terem se apoderado de alguns pontos onde o serviço clandestino era controlado por ele.

Com a intervenção de um miliciano de Porto Velho, em São Gonçalo, o bando se reconciliou.

A chacina de cinco jovens no Condomínio Minha Casa Minha Vida em Maricá, no dia 25/03/2018, ocorreu em área que a milícia exercia o controle e foi cometida com o simples propósito de afirmar o poder e espalhar o terror entre moradores e comerciantes da localidade.

O suspeito de ser chefe da milícia cobrava pela segurança do comércio, chegou a se utilizar uma empresa de segurança.

Em algumas localidades dentro de Inoã e Itaipuaçu, em Maricá, onde a segurança irregular não era fornecida diretamente pela milícia, a quadrilha cobrava 20% (vinte por cento) do valor arrecadado por seguranças irregulares avulsos.

O bando exercia o controle dos condomínios Minha Casa Minha Vida de Inoã e Itaipuaçu, designando seguranças.

Como a milícia buscava alcançar o poder político para manter e aumentar sua lucratividade, tinha diversos contatos com políticos locais de Maricá, sendo que, inclusive, chegou a apresentar candidatura sua ao cargo de vereador da cidade, tendo o registro de candidatura indeferido.

Além da segurança privada, explora a venda de cestas básicas, através de venda direta por integrantes do seu grupo ou estabelecendo comissões para a milícia caso outros vendam. Mantinha uma central clandestina de distribuição de sinal de Internet e TV a cabo dentro do condomínio Minha Casa Minha Vida de Itaipuaçu.

Uma escuta telefônica feita em 2018 mostrou uma conversa de um miliciano com um policial civil em que tratam de uma operação policial e de projetos políticos, a fim de o paramilitar levar moradores de Inoã, área de domínio da milícia, a um encontro com dois candidatos a deputado federal e estadual nas eleições daquele ano.

Em uma outra interceptação, um miliciano comenta com um suposto PM que estava chateado pela prisão de dois comparsas.

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