A reivindicação dos moradores de Paquetá foi um dos principais assuntos debatidos pelos deputados na abertura dos trabalhos legislativos da ALERJ em 2020. Nas galerias do Plenário Barbosa Lima Sobrinho, moradores da ilha se manifestaram contra a redução dos horários nas barcas e chegaram a colar nas roupas adesivos do movimento #RespeitaPaquetá.
“Todos os dias, cinco mil moradores estão sofrendo com uma mudança arbitrária, que é impossível de conviver. As escolas, as unidades de saúde e todos os outros serviços estão sendo afetados”, criticou o deputado Waldeck Carneiro (PT).
Ao todo, foram reduzidas 11 viagens nos fins de semana para a ilha (passando de 23 para 12) e cinco horários extintos nos dias úteis. A medida foi implementada no dia 25 de janeiro passado pela CCR Barcas, que detém a concessão do serviço de transporte aquaviário no Rio.
Entre as pessoas que foram afetadas pela mudança está a professora de yoga Taísa Portela e a filha Zoe, de 1 ano e 4 meses. “Os horários já eram ruins antes, mas agora ficou impossível trabalhar fora da ilha. O bairro está falindo, os restaurantes estão fechando, já deram até aviso prévio aos funcionários, porque os turistas não vão mais para a ilha”, contou Taísa, que decidiu, há cinco anos, morar em Paquetá por conta do sossego.
Líder do governo na Casa, o deputado Márcio Pacheco (PSC) afirmou que a mudança na grade não foi uma decisão do Executivo, mas da Justiça. “É absolutamente público que enfrentamos um problema porque a concessionária ganhou ação na Justiça ao mostrar que havia um prejuízo no sistema modal. E a Secretaria de Transporte apresentou alternativas para que a redução não se desse nessa proporção”, comentou.
Antes do início da sessão plenária, parlamentares reuniram-se com representantes de moradores de Paquetá. O presidente da ALERJ, André Ceciliano, afirmou que a Casa vai buscar uma solução emergencial para o problema. “O nosso objetivo é encontrar uma alternativa para essa questão”, garantiu o presidente.
Foto: Otacílio Barbosa/ALERJ
Fonte: ASCOM ALERJ