No primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado pela TV Bandeirantes, nesta quinta-feira (10), os presidenciáveis seguiram a mesma receita e fugiram de polêmicas. O líder nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula (PT), preso há quatro meses, foi proibido pela Justiça. O PT até tentou mas não conseguiu sua liberação pela Justiça. A Band não aceitou que o Partido dos Trabalhadores indicasse um substituto.
Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) participaram do debate.
O clima tranqüilo do encontro foi quebrado duas vezes nos confrontos entre Jair Bolsonaro (PSL) e Guilherme Boulos (PSOL). A relação também não foi muito cordial entre Geraldo Alckmin e Marina Silva e Alvaro Dias e Henrique Meirelles que trocaram algumas críticas. Estratégia ou não, chamou a atenção de todos se apresentarem como o "novo" na política atual, mesmo a maioria atuando há muitos anos na vida pública.
Candidatos evitam o tema corrupção
O tema corrupção foi evitado por quase todos. O único que tocou no assunto foi o candidato Alvaro Dias, que andou dizendo que convidará o juiz Sergio Moro para ser ministro da Justiça caso seja eleito.
O debate na Band contou com cinco blocos. O quarto bloco foi o diferencial dos demais. Houve três pedidos de direito de resposta. Foram dois de Bolsonaro - um contra Boulos e o outro, contra Ciro - e um de Boulos contra Bolsonaro. A comissão do debate analisou e negou os pedidos.
Para a campanha do primeiro turno, estão marcados mais onze debates entre os presidenciáveis:
17 de agosto - RedeTV!/ IstoÉ
27 de agosto - Rádio Jovem Pan
27 a 31 de agosto - Rede Globo/ Globo News
3 de setembro - Rádio CBN
9 de setembro - TV Gazeta/ Estadão
17 a 21 de setembro - Rede Globo
18 de setembro - Piauí e Poder360/ Youtube
20 de setembro - TV Aparecida
26 de setembro - SBT/ Folha
30 de setembro - TV Record
4 de outubro - Rede Globo