O casal Camila Pavan e Adriano Garbelini passou dias angustiantes para conseguir ter, em seus braços, sua bebê Pietra, gestada em uma barriga de aluguel na Ucrânia, em meio a pandemia da COVID-19.
O casal que está junto desde a adolescência, sempre sonhou em ter um filho, mas Camila, que foi diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME) aos nove anos de idade, enfrentou uma série de dificuldades no processo de maternidade, resultando em dois abortos espontâneos.
Após essas tentativas, o casal foi em busca de entender como funciona o processo de barriga de aluguel. No Brasil essa prática não é permitida, mas ela é legalizada em países como Estados Unidos e Ucrânia.
A primeira parada foi nos Estados Unidos, onde Camila passou por uma série de exames. Os médicos constataram que, na infância, ela recebeu o diagnóstico errado, ou seja, não possuía AME e sim Miopatia de Bethlem, outro tipo de distrofia muscular. Por este motivo era muito arriscado ela engravidar, pois a doença genética poderia passar para seu bebê.
De volta ao Brasil, Camila tentou fazer o processo de barriga solidária com sua cunhada. Essa modalidade é permitida no país, desde que a grávida tenha um parentesco de até 4° grau com o pai ou mãe do bebê, mas o procedimento acabou não dando certo.
Barriga de aluguel
Com isso, o casal saiu em busca da clínica ideal para realizar a barriga de aluguel. Encontraram em Kiev, na Ucrânia, o lugar perfeito, que unia segurança, preço fixo e um ótimo acompanhamento de todo o processo.
Na clínica colheram o material genético de Adriano. Camila escolheu por meio de uma seleção natural o óvulo de uma doadora anônima, levando em conta as preferências dessa mulher, peso e gostos, para escolher alguém que fosse fisicamente mais parecida com ela.
Por determinação do casal, a escolha da mulher que gestou o bebê ficou a cargo da clínica, sob a exigência de que a pessoa escolhida fosse extremamente responsável.
Durante todo o processo de gestação, o casal de brasileiros recebia ultrassons, medidas do bebê e fotos da barriga, sempre através da clínica que cuidou para que tudo saísse perfeitamente bem.
Foto: Divulgação
Viagem à Ucrânia
Há poucos dias do nascimento de Pietra, o mundo estava no auge da pandemia da Covid-19 e as fronteiras dos países estavam fechadas. Camila e Adriano precisaram, então, viajar até a capital ucraniana.
No meio de muitas incertezas, o casal conseguiu passagens em um voo de repatriação de ucranianos que sairia de Munique, na Alemanha, no dia 1 de junho. Para conseguir embarcar nesse avião tiveram de fazer escala em Amsterdã, na Holanda, e, em seguida, foram pra Alemanha, para seguir até Kiev.
Chegando no destino, o casal precisou fazer o teste da covid-19 e ficar nove dias de quarentena em um hotel designado pelo governo do país. Com o resultado negativo dos testes, eles foram liberados e puderam aguardar o nascimento de Pietra, que aconteceu no dia seguinte, 11 de junho.
Após dois dias, o casal já estava com a filha nos braços, mas optaram por esperar passar 55 dias, até que a bebê ganhasse uma certa imunidade para poder atravessar o Atlântico até chegar em São José do Rio Petro/SP, onde a família reside.
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