O sonho da cidade do Rio de Janeiro voltar a ter um autódromo ficou mais perto. Foi publicada, no Diário Oficial do Município, uma Consulta Pública para obter opiniões e sugestões em relaçãoao projeto apresentado em junho deste ano. Este é o último passo oficial antes da Prefeitura lançar o edital de licitação para as obras. A consulta terá a duração de 30 dias a partir do próximo dia 20 de setembro.
De acordo com a publicação municipal, o contrato para construção e exploração do autódromo será de R$ 774 milhões, com duração de 35 anos. Apesar do projeto - que foi apresentado em junho - falar que apenas recursos privados poderão ser utilizados nas obras, o Diário Oficial fala em Parceria Público-Privada (PPP) "para delegação, por meio de concessão administrativa, para implantação, operação e manutenção de Autódromo Parque na Região de Deodoro", na Zona Oeste do Rio
Tal situação está prevista em lei e deve ser feita depois da análise, por parte da Prefeitura, do projeto com as equipes jurídicas e técnicas, e com a Procuradoria Geral do Município. Como a conclusão foi favorável sobre a viabilidade da iniciativa, apartir do dia 20, os interessados na concorrência poderão esclarecer dúvidas, enviar sugestões de alterações no projeto original ou até mesmo nas regras da licitação.
Encerrado o prazo de 30 dias, no dia 20 de outubro, será feita a publicação do edital, para lançarem a concorrência. A Consulta Pública pode ser realizada pela Prefeitura quando há, de fato, interessados na licitação.
Capacidade para receber Fórmula 1 e MotoGP
De acordo com o projeto, o autódromo de Deodoro tem que atender aos mais altos níveis de segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e da Federação Internacional de Motociclismo (FIM).
Uma reunião entre as promotoras das duas categorias - respectivamente, Liberty Media e Dorna - aconteceu em julho e houve consenso sobre a forma do traçado, que será de 5,3 quilômetros de extensão. Inclusive, A FIM já assinou um protocolo de intençõespara realizar uma etapa do Mundial de Motovelocidade no Rio de Janeiro na temporada de 2021.
Terreno liberado
O grande questionamento em relação à construção do circuito em Deodoro, era sobre a descontaminação do terreno cedido pelo Exército. O solo tinha artefatos não detonados como armas e munições, mas não minas terrestres fora divulgado anteriormente. Após uma análise detalhada e cuidadosa do terreno e, depois da retirada de todos os artefatos, foi constatado que o solo está totalmente limpo e, portanto, apto a receber o autódromo.