Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), em ação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram, nesta terça-feira (02/03), a Operação Porto Negro contra furto de petróleo de dutos da Petrobras. Ao todo, cinco pessoas foram presas e 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra integrantes de uma organização criminosa que pratica este tipo de crime.
A operação é realizada em quatro estados. Além do Rio de Janeiro, onde são cumpridos mandados na capital e nos municípios de Duque de Caxias e Itaboraí, agentes atuam também em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
As investigações duraram seis meses e começaram após uma perfuração de dutos da Transpetro no município de Guapimirim, na Baixada Fluminense. Os agentes identificaram a atuação da mesma organização criminosa em duas outras perfurações para furto de petróleo em Nova Iguaçu e em Queimados, também na Baixada. Neste último município, os acusados construíram um túnel subterrâneo para acesso ao duto e chegaram a alugar uma retroescavadeira para abrir uma via de acesso para caminhões tanque até o local da retirada do petróleo.
O líder da organização criminosa, também responsável pela cooptação dos demais integrantes, é um capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ele é reconhecido como a pessoa que alugou a retroescavadeira utilizada para abertura da via de acesso e construção do túnel subterrâneo.
O petróleo furtado no Rio de Janeiro era transportado para a cidade de Rolândia, no Paraná, para adulteração e posterior revenda. Na cidade paranaense, os agentes cumprem mandado de prisão e de busca e apreensão contra um empresário que já foi preso pela DDSD na operação Sete Capitães II, em dezembro de 2020. Segundo apurado, ele recebia o petróleo furtado dessa outra organização criminosa.
A Polícia Civil e o Ministério Público intensificaram as ações de inteligência e investigações contra grupos criminosos especializados em furto de petróleo diretamente de dutos da Transpetro/Petrobras, para tentar reduzir os impactos financeiros e ambientais desta prática.