A 6ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro arquivou o processo movido pela FIFA contra a Rede Globo para receber 90 milhões de dólares (Cerca de R$ 478 milhões) de direitos estabelecidos em contrato e que a emissora deixou e pagar.
A Rede Globo conseguiu liminares em 2020 para deixar de pagar à FIFA, que recorreu das decisões. A Globo alegou prejuízos financeiros por conta da pandemia e a falta da realização de torneios previstos para o ano passado. A FIFA discordou e o caso foi parar em segunda instância.
Entretanto, dirigentes da Rede Globo e da FIFA iniciaram conversas para resolver a questão de forma amigável. Em janeiro de 2021, seus diretores se reuniram, sem o envolvimento judicial. Segundo a coluna de Gabriel Vaquer, no UOL, a Globo e a FIFA decidiram resolver a questão entre elas.
Enquanto a organização máxima do futebol mundial fazia de tudo para receber o dinheiro, a Globo alegava a falta de arrecadação durante o ano da pandemia. Além do cancelamento de eventos esportivos promovidos pela FIFA, como os mundiais femininos sub-17 e sub-20, que seriam transmitidos pela Globo e a falta dos eventos pré-olímpicos antes programados.
Outra alegação global foi a situação econômica geral do país durante a crise da covid-19. A emissora alegou a alta do dólar como motivo para o não pagamento dos direitos da Federação. Em moeda brasilera, a dívida da Globo chega aos R$ 500 milhões com a FIFA.
Porém, a boa parceria desenvolvida por muitos anos entre FIFA e Rede Globo foi levada em consideração e as partes selaram o acordo.
Com isso, o desembargador Plinio Pinto Coelho Filho encerrou a disputa judicial sem considerar as alegações da FIFA.
Diante da decisão amigável, a primeira vista, a transmissão da Copa do Qatar, em 2022, pela emissora carioca não está afetada. Bem como os torneios mundiais de clubes deste e do próximo ano. As partes não divulgaram as bases do acordo.