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Alerta

Rio tem maior ocupação de leitos de UTI desde início da pandemia

“É o momento mais grave da Covid-19”, diz a secretaria de Saúde


Hoje, o Rio tem 705 leitos operacionais, com a capacidade de agregar mais 121 unidades ao sistema, chegando a 826. Foto: Agência BRasil

A cidade do Rio de Janeiro atingiu o maior número de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o início da pandemia de covid-19, há um ano. Segundo dados divulgados hoje (26) pela prefeitura, 663 pacientes com covid estão internados em leitos de tratamento intensivo.

“É o momento mais grave da pandemia. As pessoas estão internadas de forma grave. Cresceu muito o número de leitos, mas também cresceu muito o total de pessoas internadas e as pessoas precisando de leitos de CTI [Centro de Tratamento Intensivo]. A mortalidade de um leito de CTI é de, no mínimo, 40%. Muitas pessoas estão adoecendo e adoecendo de forma bastante grave”, disse o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz.

Hoje, o Rio tem 705 leitos operacionais, com a capacidade de agregar mais 121 unidades ao sistema, chegando a 826. Segundo o prefeito Eduardo Paes, o feriadão de dez dias com medidas restritivas, que ele chamou de “retiro prolongado” ou “recesso forçado”, visa reduzir as internações em UTI.

“Temos uma cidade com 6,7 milhões [de habitantes]. Cada pessoa que, nesses dez dias de retiro prolongado, se preservar, não ter contato com muita gente e não aglomerar, é uma pessoa a menos que tem chance de pegar a doença e parar num leito de UTI. Temos mais leitos hoje do que jamais tivemos em qualquer momento. Mas isso tem um limite. Mesmo se abrindo os leitos federais ainda disponíveis no Rio e o município chegando em sua capacidade máxima, tem sempre o teto. E esse teto a gente não quer que seja ultrapassado. Por isso, a gente pede essa parada de dez dias”, disse o prefeito.

A média de novas internações, incluindo UTIs e enfermarias, chegou a 170 por dia, um patamar muito próximo do pico de internações no ano passado. “Tínhamos uma média de 30 a 40 solicitações de internações por dia e passamos a mais de 150, chegando num pico, por dois dias, de 170. Cresceu muito e de maneira muito rápida como aconteceu em São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul”, explicou Soranz.

O secretário municipal de Saúde disse que, por enquanto, não há falta de kit de intubação no Rio. Ele disse que se mantém em constante comunicação com o Ministério da Saúde para receber novas remessas. Estimou que hoje mais de 80% dos casos de covid-19 na cidade são provocados pela variante P.1, descoberta no Amazonas, que se propaga de forma mais rápida.

Vacinação

A cidade do Rio de Janeiro já vacinou 578 mil pessoas, o que representa 36,3% da população com mais de 60 anos. Também já divulgou um calendário para vacinar idosos com 66 anos ou mais até 10 de abril. Hoje, por exemplo, estão sendo imunizadas mulheres com 72 anos. Amanhã, será a vez dos homens de 72 anos.

O prefeito Eduardo Paes afirmou que, se as vacinas continuarem chegando ao município, a previsão é vacinar toda a população idosa, acima de 60 anos, até 22 de abril, mantendo-se uma média de dois dias de vacinação para cada idade. “Quando a gente chegar nas pessoas com 60 anos ou mais, todas elas vacinadas, a gente pode flexibilizar muito [as medidas restritivas]”.

A cidade também está se preparando para ampliar os locais de vacinação. Paes afirmou que deve conversar hoje com o Ministério da Defesa para pedir ajuda das Forças Armadas no esforço de imunização.

Agência Brasil

leitos de UTI

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