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Polícia desarticula quadrilha de agiotas prendendo um vereador de Caxias e dois PMs

Grupo criminoso conta com braço armado, composto por policiais militares que atuam realizando cobranças extorsivas e figurando como operadores financeiros

Por Portal Eu, Rio! em 22/10/2021 às 11:06:43

Foto: Reprodução TV Globo

A Delegacia de Petrópolis (105ª DP), em parceria com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Rio de Janeiro (Gaeco/RJ), fez hoje (22) uma operação para cumprir três mandados de prisão preventiva e dezessete de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado do Rio de Janeiro, nos municípios de Duque de Caxias e Guapimirim, na Baixada Fluminense, e na Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O vereador de Caxias Carlos Augusto Pereira Sodré, o Carlinhos da Barreira (MDB), foi preso na ação. Segundo a força-tarefa da Polícia Civil do RJ e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Carlinhos chefia uma quadrilha de agiotas que praticam extorsão. Ele também foi denunciado por lavagem de dinheiro e fraude à licitação. O vereador está no terceiro mandato consecutivo e foi o terceiro mais votado nas eleições de 2020.


Vereador Carlinhos da Barreira: preso. Foto: Reprodução TV Globo

Também foram presos os PMs Ricardo Silva dos Santos e Carlos Alexandre da Silva Alves. Ricardo já foi subsecretário de Governo de Duque de Caxias e atualmente era secretário de Obras de Silva Jardim, na Região dos Lagos. Carlos Alexandre servia à UPP Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

“O vereador recebeu, nas diversas contas bancárias mantidas por ele e por sua empresa, vários depósitos que somaram R$ 62 milhões, mesmo sem possuir receitas legais e declaradas que justificassem tamanha movimentação financeira”, afirmou o MPRJ.


Foto: Reprodução TV Globo

Associação Criminosa

A operação Barreira Petrópolis visou desarticular uma associação criminosa – direcionada a cometer crimes de agiotagem, extorsão e lavagem de capitais, entre outros liderada pelo vereador preso. No bojo da investigação, iniciada há um ano, revelou-se o envolvimento de Carlinhos em diversos delitos, constatando-se a empresa Sodré Serviços de Transportes e Locação de Máquinas e Equipamentos para lavar capitais, tendo movimentado R$ 70 milhões em apenas cinco anos, mesclando o “dinheiro sujo” em “dinheiro aparentemente limpo”.

Além disso, o grupo criminoso conta com um braço armado, composto por policiais militares que atuam realizando as cobranças extorsivas e figurando como operadores financeiros. A ação policial é também canalizada em desarticular o poderio econômico do grupo criminoso, sendo realizado o sequestro de imóveis no valor de R$ 1 milhão de reais.

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