Pensando na temporada 2019, o Esporte Clube Rio São Paulo iniciou ainda nesse ano os primeiros passos visando o futuro. Apesar de, dentro de campo, o time ter sido rebaixado para a Série C do Campeonato Carioca (quarta divisão estadual), a equipe se manteve na Série B2 por causa da punição ao São Cristóvão por ter escalado o volante William de forma irregular em jogo contra o Barra Mansa.
O planejamento começou com um acordo com oGrupo MGT Gestãode Negócios Esportivos, que ficará a frente do clube.Marcelo Silveira está de volta para ser o gerente de futebol (passou pelo time em 2015), Gustavo Barros será o diretor de futebol e o cargo de vice-presidente de futebol ficará com Tião Pinheiro.
Em entrevista ao "Portal Eu, Rio!", Marcelo Silveira apontou que o foco principal do clube é o investimento na parte técnica e física. Citando a dificuldade de estrutura que afeta muitos clubes pequenos cariocas e reconhecendo que isso afetou o desempenho do time em 2018, o gerente falou sobre o planejamento visando os próximos anos.
"Precisamos montar um time de B1 na Série B2 e, sucessivamente, de primeira divisão na segunda. O nível de atletas tem que ser cada vez mais elevado para que a gente consiga o acesso, caso contrário não adianta investir e planejar", afirmou Marcelo.
Outra dificuldade apontada pelo gerente de futebol é a atual fórmula de disputa da Copa Rio, em sistema de jogos eliminatórios. Ele recordou que a volta do Rio São Paulo às competições, em 2015, foi no torneio citado, mas disputado em outra fórmula, acontecendo primeiro a fase de grupos e depois tendo o mata-mata. Silveira lembrou que, mesmo com o time fazendo uma campanha ruim à época, foi possível revelar jogadores, algo improvável na forma de disputa atual.
"Na época jogamos contra Madureira, Macaé, America e Barcelona. Olha a visibilidade que os atletas tiveram. Naquela época surgiu o Leandro Aguiar, um dos nosso principais atletas e que depois foi para o America e hoje está na Tombense. Esse formato de mata-mata prejudicou muito alguns clubes, como o Rio São Paulo. Seria muito bom se a Fferj revesse isso pensando em ajudar os clubes", lamentou Silveira.
Novo patrocinador, fornecedor de material esportivo e técnico
Além da mudança na diretoria, o Rio São Paulo também apresentou seu novo patrocinador, JJ Invest; a nova fornecedora de material esportivo WA Sports; e o novo treinador Hermes Júnior, que terá a companhia do auxiliar-técnico Lúcio Diogo. Essas mudanças são encaradas como positivas por Marcelo Silveira, que acredita ser o passo inicial para o clube se reorganizar. Além disso, ele defendeu a ideia de uma ajuda financeira por parte da CBF aos clubes pequenos.
"Felizmente fechamos com a JJ Invest como patrocinadora principal, que confiou muito no nosso trabalho. Isso vai nos ajudar a investir em melhorar a nossa estrutura. O ideal é que tivéssemos algum mecanismo da CBF, por exemplo, para que os clubes pequenos tivessem um subsídio que os ajudasse durante a temporada. Um valor desse tipo seria de apoio fundamental para os clubes pequenos", concluiu.