O presidente do Fluminense, Pedro Abad, que sofre muita pressão, tanto da torcida como de membros do próprio clube para deixar o comando do Tricolor, se reuniu nesta quarta-feira (26) com importantes lideranças nas Laranjeiras para discutir a possibilidade de uma antecipação da data das próximas eleições, que inicialmente estão marcadas para novembro de 2019.
Abad se sente em condições de continuar no cargo, mas aceita uma solução alternativa que possa acalmar os ânimos e trazer paz ao Fluminense.
"A renúncia na minha opinião é dizer 'eu não me sinto em condições' e isso não é verdade. Mas entendo que o momento do Fluminense precisa de outra atitude, por isso propus um modelo intermediário que leva do mesmo ponto A para o mesmo ponto B", explicou o presidente em entrevista coletiva.
Pedro Abad vai convocar uma assembleia geral em fevereiro para que sócios e conselheiros possam votar a antecipação das eleições. Este movimento tem em torno de 95% de concordância entre as ideias debatidas para que na convocação da assembleia extraordinária os sócios possam aprovar as mudanças no regulamento que permitam a manobra.
Representantes de diversas correntes políticas do clube, como Celso Barros e Mário Bittencourt, que hoje formam o mesmo grupo junto com Ricardo Tenório, participaram da reunião e só não quiseram definir publicamente qual deles seria o candidato, mas estão de acordo com a mudança no estatuto e a antecipação das eleições, possivelmente para março de 2019.