O presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidirá o Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi). A escolha do empresário para ocupar o cargo foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e referendada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Apesar de ser um órgão ligado às empresas, o Sesi e outras organizações do setor prudutivo, o chamado "Sistema S", que ainda engloba o Senai e o Sesc, recebem verbas do governo federal.
O Conselho Nacional do Sesi é composto por representantes do governo, dos empresários e dos trabalhadores. Além de fiscalizar e aprovar o orçamento do órgão, o conselho é responsável por definir diretrizes e coordenar ações, programas e metas.
Em um encontro com empresário do Rio de Janeiro, Paulo Guedes defendeu um corte nas verbas públicas que são repassadas ao "Sistema S". Segundo o ministro, há muitos gastos com publicidade e compras de imóveis.
"Como é que você pode cortar isso, cortar aquilo e não cortar o 'Sistema S'? Tem que meter a faca no 'Sistema S' também", disse, na ocasião, o ministro da Economia.
Décadas no poder
Carioca e presidente da Firjan desde 1995, o engenheiro Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, de 71 anos, fez carreira na indústria petroquímica e está ligado ao Grupo Petróleo Ipiranga, do qual foi membro do Conselho Superior e ocupou cargos executivos. Gouveia Vieira foi diretor-presidente da Parnaso Empreendimentos e Participações Ltda e presidente da Energia do Rio S.A.
Na década de 2000, o Tribunal de Contas da União (TCU) instaurou o processo nº 003.522/2001-7 para investigar denúncia anônima, na qual Gouvêa Vieira era acusado de usar dinheiro do Sesi para pagar o resgate do sequestro do seu filho Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho, em 1995.