Há quatro meses aconteceu o incêndio na sede do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, e lembrar da destruição de grande parte do acervo histórico ainda causa indignação e tristeza. Segundo a Assessoria de Imprensa do Museu, as obras de recuperação continuam e devem ser concluídas em Março, seguindo o prazo de 180 dias a partir de 21 de setembro. Os pesquisadores voltarão do recesso na próxima semana e, no final do mês, está prevista uma coletiva de imprensa para apresentar o balanço das obras e de recuperação do acervo.
“É trágico o fato de um lugar como o museu nacional pegar fogo de forma tão deliberada. Foi um descaso pela falta de investimento e cuidado. É o desvio do dinheiro público que deveria ter sido distribuído para manutenção do museu. Parte da nossa memória se foi, algo tão imprescindível da nossa identidade cultural”, lamentou o estudante Yuri Brandão, que desistiu de trocar o curso de Biblioteconomia pelo de Museologia, por conta do abandono dos museus no país.
O incêndio de grandes proporções aconteceu na noite de 2 de setembro de 2018. O museu não tinha brigada de incêndio e nem seguro. Os funcionários já estavam sendo preparados sobre as saídas de escape, porque era visível os problemas elétricos que poderiam estourar a qualquer momento. Não houve feridos porque o fogo começou após o fechamento do museu.