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Planta sagrada

Ginga/UFF faz homenagem ao Bicentenário da Independência da Bahia com plantio de Jurema Branca

Grupo de pesquisa da Universidade Federal Fluminense analisa conflitos de natureza étnico-racial-religiosa


Foto: Divulgação

O Ginga/UFF, grupo de pesquisa da Universidade Federal Fluminense dedicado a analisar conflitos de natureza étnico-racial-religiosa, em parceria com o Instituto de Ciências Humanas e Filosofia/UFF, realizou neste domingo (03) uma homenagem ao Bicentenário da Independência da Bahia, por meio do plantio de uma muda da Jurema Branca (Mimosa ophthalmocentra), considerada uma árvore sagrada que compõe o panteão da flora nativa e símbolo de luta dos povos tradicionais, indígenas e negro, em defesa da liberdade.

Dolores Lima, iyalorixá e pesquisadora do Ginga-UFF, explica que “a Jurema [árvore] tem uma referência à continuidade de vida em alguns ritos de sepultamento ao ancestral, quando ele dorme, quando ele é reacolhido pela terra, quando ele é sepultado e plantado naquele local uma Jurema, pois ela tem uma capacidade múltipla de significados sagrados e litúrgicos para o povo Bantu e para o Candomblé”.

As homenagens ao povo baiano no processo de Independência do Brasil (1823) têm nos caboclos e caboclas a representação dos "donos da terra", que foram fundamentais na luta contra as tropas portuguesas junto aos mestiços e negros, libertos e escravizados. O ato representou a primeira ação na construção de um Jardim com plantas e ervas sagradas no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia.


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