No Dia Nacional da Vigilância Sanitária, celebrado no último sábado (05), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro lembra que o Museu Histórico Sanitário Municipal Júlio de Azurém Furtado (Muhsam), em Botafogo, reúne um acervo de mais de 200 peças sobre a história da Vigilância Sanitária do Rio. Único do gênero no país, o museu é um dos marcos na história dessa área, que é responsável por diversas ações de preservação da saúde da população. O espaço cultural, inaugurado em 2020, mostra quanto o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) avançou nos últimos anos com as ações de prevenção de riscos à saúde pública.
O nome Muhsam é homenagem a um médico veterinário que muito contribuiu para o desenvolvimento dos primeiros programas de zoonoses na cidade. A data também celebra o nascimento de Oswaldo Cruz, médico sanitarista que contribuiu nas ações de combate a epidemias como as de febre amarela, peste bubônica e varíola.
A presidente do IVISA-Rio, Aline Borges, lembra dos avanços que a Vigilância Sanitária teve ao longo desses anos e como o espaço guarda memórias de acontecimentos marcantes:
– A Vigilância Sanitária é um pilar da saúde pública no Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo. Dos tempos de Oswaldo Cruz e Júlio de Azurém Furtado, que dá nome ao museu, até os dias de hoje, foram muitos avanços notáveis, mas seguimos aprendendo, evoluindo e nos adaptando para estarmos sempre à altura dos novos desafios que surgem na gestão do risco sanitário e na proteção da saúde da população. Os cariocas podem conferir um pouco dessa trajetória no nosso Museu Histórico Sanitário Municipal. Não se enganem pelo tamanho: o conhecimento e valor histórico contidos nele são imensuráveis.
O local mantém a exposição permanente “De 1917 a 2019: mais de 100 anos de história”, com fotografias, documentos e peças que remontam ao início do século passado, quando se destacavam ações voltadas ao controle sanitário dos animais produtores de leite e ao diagnóstico da tuberculose, no antigo Hospital de Medicina Veterinária, onde hoje funciona o Centro de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (CJV).
Entre as peças expostas há ferros de marcação de gado e até uma ovelha de duas cabeças conservada em formol, além de reportagens de jornais, termos de fiscalização e outros antigos documentos sobre as ações de zoonoses e vigilância sanitária iniciadas no século passado. Uma das paredes do espaço é decorada com uma linha do tempo que resgata mais de 100 anos de história da construção da Vigilância Sanitária, com acontecimentos marcantes como o início da produção das vacinas de difteria, tétano e raiva e a municipalização dos serviços de saúde em 1975, que deu origem à Secretaria Municipal de Saúde.
O Museu Sanitário é aberto ao público e fica no Complexo Zona Sul da Vigilância Sanitária, na Avenida Pasteur 44. O local pode ser visitado de segunda a quinta-feira, das 9h às 16h.