Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Gesto humanitário

Neta homenageia avós que doaram terreno para construção de hospital em Campo Grande

Neuma Antunes diz que objetivo era melhorar assistência da população carente e agilizou doação


Neuma Antunes da Silva ao lado do diretor do Hospital Eduardo Rabello, o médico Helmer Cardoso. Foto: Divulgação

O dia de hoje (17) foi especial para a auxiliar de enfermagem, Neuma Antunes da Silva, 74 anos. Na data que se comemora o cinquentenário do Hospital Eduardo Rabello, que fica em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, o sentimento é de orgulho por sua família fazer parte da existência da unidade. Foi em 1968 que os avós Feliciana Lima Rosa e Gregório Rodrigues Lima concordaram em doar o terreno da Estrada do Pré para o Governo estadual para a construção do Hospital Eduardo Rabello. O então deputado Miécimo da Silva foi o elo entre a família e o governo para a doação.

"Minha avó, que era a dona do terreno, contou que, quando o Miécimo disse que era para a construção de um hospital público, que ajudaria muito na assistência à população carente, ela e meu avô concordaram de imediato. Quando meu avô entendeu o objetivo, foi logo dizendo: "Então pode começar a obra", lembra a neta Neuma, que lamentou não ter registro fotográfico da inauguração.

Poderia mesmo ter sido tudo muito rápido a partir da concordância dos avós, mas um problema político suspendeu as obras por dois anos, segundo Neuma.

"Na época havia muita rivalidade entre os partidos MDB e Arena. E isso atrapalhou um pouco o andamento das obras, que ficaram paradas por quase dois anos. Mas, felizmente, o deputado Miécimo teve habilidade para conseguir a liberação das obras, e o hospital foi inaugurado em 1973", contou a auxiliar de enfermagem.

Neuma Antunes lembrou até do episódio da escolha do terreno. Segundo ela, nem foi preciso todo um discurso do parlamentar para apontar que a parte que interessava era o mais próximo da estrada, hoje chamada de Estrada do Pré.

"A fazenda era muito grande. Tinha plantação de Taboa, usada na época para fazer esteira. E um rio que cortava a fazenda e era rico em pesca. As crianças adoravam pegar rã. Brinquei muito aqui quando era criança. Eles queriam a parte próxima à estrada porque facilitava o transporte da população", revelou Neuma, que era moradora próximo ao terreno, em Campo Grande.

A auxiliar de enfermagem, que trabalha no Hospital Eduardo Rabello há 49 anos, revelou que viveu uma contagem regressiva pelos 50 anos da unidade.

"Nem mesmo a expectativa de completar 50 anos como funcionária do hospital no ano que vem, me comove como saber que minha família doou esse terreno, melhorando a assistência da população idosa da região com a construção da unidade que está prestes a comemorar 50 anos. Quero trabalhar até os 80 anos aqui, servindo a população", disse, emocionada.

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!