O grupo OSX, dos setores de logística portuária e construção naval, que tem no seu comando o ex-bilionário Eike Batista, entrou no sábado passado (20), com um novo pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial da Comarca da capital do Estado do Rio de Janeiro. Esse é o segundo pedido de reestruturação do grupo de Eike.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o grupo empresarial afirma que a decisão foi aprovada pelo seu Conselho de Administração, visando evitar danos irreversíveis à companhia. A medida veio após o término do prazo de 60 dias que o grupo conseguiu para a suspensão de cobranças de obrigações e dívidas, que teria a retomada dos prazos processuais nesta segunda (22). O total dos créditos enumerados nesse pedido judicial ultrapassa a cifra dos R$ 7 bilhões.
Em entrevista ao Portal Eu, Rio!, o economista Aurélio Valporto, presidente da Associação Brasileira de Investidores, dá um parecer desfavorável a esse novo pedido de recuperação fiscal do grupo OSX e considera a solicitação uma “aberração”. “Trata-se de uma empresa zumbi, que não produz nada e jamais vai construir um só navio. Sua única fonte de receita são alugueis de terrenos, que nada tem a ver com a atividade de estaleiro. Tem um passivo de descoberto de mais de R$ 6 milhões e vem acumulando prejuízos que são cobertos por empréstimos”, comentou Valporto.
Assista entrevista na íntegra na reportagem em vídeo:
Dentre as várias solicitações contidas no novo pedido judicial, o grupo OSX está requerendo que a companhia fique livre dos processos de arresto, penhora, sequestro de bens e apreensão de valores, títulos e depósitos em favor dos credores. Do antigo grupo EBX – o ‘Império X’ - essa é a única marca que continua no comando do ex-bilionário Eike Batista.