Uma paciente da Clínica da Família Fernando Antônio Braga Lopes, no bairro do Caju, aguarda, há três anos, por uma cirurgia plástica reparadora necessária, após uma operação bariátrica. Roselita Simão de Miranda tem 47 anos, é aposentada por invalidez, devido a uma deficiência visual, e submeteu-se, em abril de 2017, a uma cirurgia bariátrica no Hospital Carlos Chagas por problemas de saúde. Logo após a operação, a paciente foi informada de que faria a cirurgia plástica reparadora após inscrição no município e aguardou ser chamada. No ano passado, Roselita descobriu que, por um erro, não estava inscrita para fazer a cirurgia e, desde então, aguarda ser chamada pelo Sisreg.
"Sinto dores fortes nas mamas e nas costas. Por estar tanto tempo sem ter feito a cirurgia, acabei com um problema que me leva a andar encurvada. Eu aguardei que eles fossem me chamar para fazer a cirurgia plástica reparadora logo. Sou atendida desde que saí na Clínica da Família do Caju e descobri em julho do ano passado que a solicitação para minha cirurgia não estava no sistema. A médica que me atendeu no dia é que me inscreveu. Desde lá, venho esperando com urgência pela cirurgia", disse Roselita Simão, paciente da Clínica.
O Portal Eu Rio teve acesso à solicitação de cirurgia e constatou que o pedido havia sido realizado em julho de 2018 e que, no documento, o caso fora registrado como "não urgente". Com base nos fatos, nossa equipe entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que a cirurgia reparadora plástica é realizada pelo município após solicitação pelo Sisreg na Clínica da Família e "que não consta solicitação pendente para a paciente na Central Estadual de Regulação".
Já a Subsecretaria de Regulação (SubReg) da Secretaria Municipal de Saúde disse em nota que:
"A paciente está inserida no Sisreg e no Sistema Estadual de Regulação (SER) para a realização de uma cirurgia plástica reparadora e aguarda disponibilidade de vaga."
A Sra. Roselita Simão de Miranda informou à nossa equipe de reportagem que, após nosso contato com a Secretaria Municipal de Saúde, a Clínica da Família chamou a paciente, fez exames e corrigiu, na solicitação, o grau de risco para "urgente".